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terça-feira, 16 de maio de 2017

AMOR, SEXO, SEU CERÉBRO E OS PSICOPATAS


Artigo de Donna Andersen, traduzido por Júlia Bárány
Desde o início da história registrada, os seres humanos tentam entender e explicar os mistérios do amor e do sexo. No decorrer das últimas décadas, cientistas passaram a usar equipamento especializado a fim de medir excitação física conectando aparelhos nas partes íntimas. Mais recentemente, eles observaram o órgão romântico mais importante do corpo humano – o cérebro.
Forbes escreveu sobre a pesquisa de Andreas, Bartels, Ph.D., no Imperial College de Londres. Bartels usou um exame de ressonância magnética que pode capturar imagens da atividade cerebral, para determinar as regiões do cérebro ativadas pelo amor.
Bartles realizou um estudo de 17 pessoas loucamente apaixonadas. Ele lhes mostrou fotos de amigos platônicos e outras de seus entes amados enquanto observava sua atividade cerebral. As imagens resultantes mostraram claramente que determinadas secções do cérebro são estimuladas pelo amor.
Em seguida o cientista realizou outro estudo para observar o cérebro de mães que cuidam de seus bebês. As imagens mostraram que exatamente as mesmas regiões do cérebro são estimuladas pelo amor materno, exceto uma região do hipotálamo na base do cérebro que parece estar vinculada com excitação sexual.
A conclusão, portanto, é que regiões específicas do cérebro se acendem com a perspectiva do amor.
Bartels também percebeu algo mais: Quando os sujeitos testados estavam apaixonados, determinadas regiões do cérebro se desligavam. Os escaneamentos mostraram que três áreas do cérebro geralmente associadas ao julgamento moral escurecem.

A química do amor
E temos ainda a química do amor. Helen Fisher, Ph.D., professora na Rutgers University, escreveu que três redes neuronais no cérebro, junto com seus neurotransmissores associados, são associadas ao amor. São elas:
– desejo: anseio por gratificação sexual, vinculado à testosterona tanto em homens quanto em mulheres
– atração romântica: euforia e a busca de união com o novo amor, vinculadas aos estimulantes naturais dopamina e norepinefrina, e atividade baixa da serotonina
– apego: a tranquila união emocional com um parceiro de longa data, vinculada à ocitocina e vasopressina
Fisher realizou também um estudo usando a tecnologia da ressonância magnética. Ela escaneou o cérebro de 40 homens e mulheres que estavam loucamente apaixonados. Quando estas pessoas olhavam as fotos de seus amados, os escans mostravam aumento de atividade nas regiões do cérebro que produzem dopamina. Esse neuroquímico é associado com sentimentos de excessiva energia, euforia, atenção focada e motivação para ganhar recompensas.
Dopamina, aliás, é também o neurotransmissor associado com vícios.

Efeitos da excitação
A pesquisa tem provado o que provavelmente todos nós experienciamos – a excitação sexual pode nos fazer jogar a cautela aos ventos.
Em outro estudo usando a tecnologia da ressonância magnética, Dr. Ken Maravilla da Universidade de Washington descobriu que a excitação sexual obscurece as partes do cérebro que controlam a inibição e, talvez, julgamento moral.
“Essas são as coisas que mantêm você alinhado, e na excitação precisam se tornar menos ativas, permitindo que você se excite,” disse Maravilla, conforme citação em Wired Magazine.
Num estudo chamado “O calor do momento: o efeito da excitação sexual no processo de tomada de decisões sexuais”, Dan Ariely, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e George Lowenstein, da Universidade de Carnegie Mellon, documentaram que estar excitado sexualmente afetava o julgamento de estudantes universitários. (bem…)
Especificamente, Ariely e Lowenstein descobriram que “o aumento de motivação para ter sexo produzido pela excitação sexual parece diminuir a relativa importância de outras considerações, tais como comportamento ético para com o parceiro sexual potencial ou proteger-se contra gravidez indesejada ou doenças sexualmente transmissíveis.”
Mas outra descoberta deles foi “as pessoas parecem ter uma percepção limitada do impacto da excitação sexual sobre seus julgamentos e sua conduta.” Em outras palavras, a maioria de nós não avalia quão fortes são os impulsos sexuais e como eles podem nos levar a fazer coisas que talvez não devessemos fazer.

Sedução psicopática
Então vamos olhar para toda essa informação no contexto dos nossos relacionamentos com psicopatas.
Duas das estratégias principais usadas pelos psicopatas para nos capturar são amor e sexo. Eles proclamam enfaticamente seu amor e nos seduzem conscientemente a terem sexo com eles. Então o que acontece?
– o amor acende regiões específicas do cérebro e ao mesmo tempo, obscurece regiões associadas com moral e julgamento
– as regiões do cérebro que produzem dopamina se ativam, e dopamina está relacionada com vício
– a excitação sexual obscurece as partes do cérebro responsáveis pela inibição e julgamento que poderiam nos impedir de fazer más escolhas
– não reconhecemos o impacto que os desejos sexuais exercem sobre o nosso julgamento e a nossa conduta
Dr. Helen Fischer escreve que os três sistemas cerebrais primários associados com amor evoluíram através dos tempos para desempenhar diferentes papeis no namoro, acasalamento, reprodução e geração de filhos. São as maneiras que a Natureza usa para garantir a sobrevivência da espécie humana.
Os psicopatas proclamam de forma convincente o seu amor duradouro e o seu desejo sexual por nós. Sem perceber o profundo engodo desses predadores, acreditamos que eles nos amam. Fazemos sexo com eles, e o sexo é magnífico. Muitos leitores de Lovefraud se mostraram pasmos com o apetite e o desempenho sexual dos psicopatas.
Portanto, os psicopatas sequestram o nosso cérebro por meio de nossos sentimentos de amor e dos vínculos do sexo. Nas suas seduções, eles voltam as funções psicológicas e químicas naturais dos nossos cérebros contra nós.

MUITO OCUPADO


MUITO OCUPADO

O psicopata tem tempo para todos menos você

(texto por Júlia Bárány baseado em https://www.psychopathfree.com/articles/too-busy-when-sociopaths-have-time-for-everyone-except-you.360/

No início, o narcisista e/ou o psicopata focalizou sua atenção tipo raio laser em você, como se você fosse a única pessoa neste mundo. Ele regou você com afeição, maravilhado com quantas coisas vocês tinham em comum. Seu coração se aqueceu com toda essa apreciação e demonstração de quanto essa pessoa queria você.
Mas uma vez que você estava enganchado/a, tudo começou a mudar. De repente ele se mostrava enjoado com o nível de comunicação (que ele iniciou). Se outrora ele se comunicava com você o tempo todo, telefonando para você dos mais distantes lugares, agora desaparecia por dias inteiros sem dar satisfação. O pior é que você parecia carente e grudento, como se você fosse maluco por tentar reaver a dinâmica que ele criou não você.

Enquanto você era ignorado por horas e dias, você foi recebendo dicas e indícios da atividade dele com outras pessoas. Ele tinha tempo para todos menos para você. Em vez de romper o relacionamento com você como qualquer pessoa normal faria, no caso de perder interesse em uma pessoa, ele voltava a cumular você de atenção e de mimos quando você dava sinais de afastamento só para garantir o gancho que ele havia criado.

E nesse vai-e-vem, nessa gangorra, você ficou, até o esgotamento total de suas forças emocionais e de sua sanidade.

A traição final chega quando você percebe que ele esteve dormindo com outra pessoa, e todas as desculpas de estar muito ocupado foram de fato um monte de enganação e de coisas sem sentido. Não só ele estava traindo você, mas também estava fazendo você se sentir mal com isso. E o que há de ridículo nisso é que ele de fato se irritava com você, como se estivesse de fato muito ocupado e você fosse alguém insensível.
Reter afeto é uma maneira muito eficiente de fazer o outro se sentir um lixo. A autoestima do outro vai lá para baixo, enquanto vai se contentando com migalhas cada vez menores. E você se esqueceu de que se alguém realmente se importa com você, vai arrumar tempo para dedicar a você. E tampouco você se deu conta de que um relacionamento verdadeiro jamais começa com esse monte de atenção e bajulação.

No final você fica confuso/a, sentindo-se um lixo e morrendo de ciúmes. Seu coração não para de doer, e você se compara com todo mundo, inclusive e principalmente com a(s) nova(s) conquista(s) dele. O que será que ela tem que eu não tenho? Por que ela parece tão feliz, e eu não consegui manter a minha felicidade? Culpa só minha!

Essa é a armadilha na qual você cai constantemente.

Sua cura começa quando você para de focalizar nele e começa a se amar e cuidar de suas feridas.