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terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

SINDROME DE REBECA: CIÚMES DO EX PARCEIRO


Rebeca é uma famosa novela escrita em 1938 por Daphne du Maurier, que conta a história de uma mulher que se casa com Maxim de Winter, um homem viúvo.
Tudo é perfeito até que o “fantasma” de Rebeca, a primeira esposa de Maxim, aparece na cabeça dela, causando insegurança, medo e ciúme. O motivo? Ela achava que nunca conseguiria “estar a altura” de Rebeca, pois as pessoas lembravam dela como “a mulher perfeita”.

A Síndrome de Rebeca


A história da segunda esposa de Maxim de Winter explica o que é a “síndrome de Rebeca”.
Esta síndrome é baseada no ciúme patológico do parceiro atual do ex-casal, independente da razão do rompimento.
A pessoa que sofre desta síndrome é incapaz de viver a relação de forma simples e saudável,  o “fantasma” do ex-parceiro paira constantemente sobre o relacionamento.
Essa pessoa tenta saber tudo sobre a ex do seu parceiro com a intenção de descobrir algo que, na sua visão, “faz pior do que ela.” A pessoa acaba descobrindo mais fatos sobre o ex-casal, e isso aumenta cada vez mais a sensação de que eles são quase um trio, não um casal.

Ciúme – Sintoma de insegurança

Como em todos os quadros de ciúme, quem sofre a síndrome de Rebeca sente uma grande insegurança. O ciúme aparece quando a pessoa sente uma ameaça ao que considera ser seu e, geralmente, mistura com o ciúme de quando o amado voltava sua atenção para algo ou alguém.
O ciúme acontece não só entre pessoas, há casais que confessam sentir ciúmes do computador, jogos, livros, trabalhos uns dos outros, etc. Qualquer coisa que desvia a atenção do casal, pode ser uma fonte de ciúme.

Superando a síndrome de Rebeca

O ser humano é comparado. Sempre. É inato, temos a tendência de achar que somos valorizados pelo que temos, sou “bom” ou “ruim” de acordo com o que está a minha volta. Isso também acontece com o relacionamento.
“Sou realmente melhor do que o seu ex-parceiro?”. Devemos refletir nas seguintes questões antes de fazer essa pergunta:
. Quando passamos pelo rompimento de um relacionamento, nós aprendemos muitas coisas. Talvez não na hora, mas eventualmente nós percebemos o que queremos e o que não queremos em um relacionamento.
. Cada intervalo de relacionamento é uma forma de aprendizado, uma oportunidade para reavaliar quem eu sou e o que eu quero. Isso nos permite crescer, prosperar, amadurecer e tomar decisões mais maduras e conscientes.
. Então, quando eu começar a me relacionar com uma pessoa que tenha tido relacionamentos anteriores, devo entender que essa pessoa está começando um relacionamento comigo com a maturidade que adquiriu nos outros relacionamentos. A partir da sua aprendizagem prévia. A partir do conhecimento do que quer e do que não quer. E o que ela quer, agora, eu sou.
Mas a dúvida pode persistir apesar destas reflexões. Sentir-se bem com você mesmo e ter a confiança que o outro vê você como uma pessoa com quem quer compartilhar e amar pode ser complicado. Isso pode ser culpa da auto-estima.

Estima – Grande antídoto para o ciúme


“Melhore sua auto-estima.” Esta frase parece um mantra que somos bombardeados com a mídia, psicólogos autores de livros de auto-ajuda e muitos outros. Parece que todo mundo dá importância, mas ninguém sabe exatamente como abordar o assunto.
Claro, alguns livro de auto-ajuda são úteis,  mas o mais importante é que você se conheça e se aceite. Somente se você estiver ciente de tudo de bom que pode oferecer como pessoa, verá que, na realidade, todos os outros não são melhores ou piores do que você, são apenas diferentes.
Se você ainda acha que o ciúme é um problema para você ou seu parceiro, pode contar com a ajuda de um profissional.










MÃES E FILHAS: O VÍNCULO QUE CURA, O VINCULO QUE FERE


Cada filha leva consigo a sua mãe. É um vínculo eterno do qual nunca poderemos nos desligar. Porque, se algo deve ficar claro, é que sempre teremos algo de nossa mãe.
Para termos saúde e sermos felizes, cada uma de nós deve conhecer de que maneira nossa mãe influenciou nossa história e como continua influenciando. Ela é a que, antes de nascermos, ofereceu nossa primeira experiência de carinho e de sustento. E é através dela que compreendemos o que é ser mulher e como podemos cuidar ou descuidar do nosso corpo.
Nossas células se dividiram e se desenvolveram ao ritmo das batidas do coração; nossa pele, nosso cabelo, coração, pulmões e ossos foram alimentados pelo sangue, sangue que estava cheio de substâncias neuroquímicas formadas como resposta a seus pensamentos, crenças e emoções. Quando sentia medo, ansiedade, nervosismo, ou se sentia muito aborrecida pela gravidez, nosso corpo se inteirou disso; quando se sentia segura, feliz e satisfeita, também notamos.
– Christiane Northrup –

O legado que herdamos de nossas mães

“A maior herança de uma mãe para uma filha é ter se curado como mulher”
– Christiane Northrup –
Qualquer mulher, seja ou não seja mãe, leva consigo as consequências da relação que teve com sua progenitora. Se ela transmitiu mensagens positivas sobre seu corpo feminino e sobre a maneira como devemos trabalhá-lo e cuidá-lo, seus ensinamentos sempre irão fazer parte de um guia para a saúde física e emocional.
No entanto, a influência de uma mãe também pode ser problemática quando o papel exercido for tóxico, devido a uma atitude negligenciada, ciumenta, chantagista ou controladora.
Quando conseguimos compreender os efeitos que a criação teve sobre nós, começamos a compreender a nós mesmas, a nos curarmos, e a sermos capazes de assimilar o que pensamos de nosso corpo ou a explorar o que consideramos possível conseguir na vida.

A atenção materna, um nutriente es-sencial para toda a vida


Quando uma câmera de TV filma alguém do público em algum evento esportivo ou qualquer outro acontecimento… O que as pessoas costumam gritar? “Oi, mãe!”
Quase todos nós temos a necessidade de sermos vistos por nossas mães, buscamos sua aprovação. Na origem, esta dependência obedece às questões biológicas, pois precisamos delas para subexistir durante muitos anos; no entanto, a necessidade de afeto e de aprovação é forjada desde o primeiro minuto, desde que olhamos nossa mãe para sabermos se estamos fazendo algo certo ou se somos merecedores de uma carícia.
Assim como indica Northrup, o vínculo mãe-filha está estrategicamente desenhado para ser uma das relações mais positivas, compreensivas e íntimas que teremos na vida. No entanto, isso nem sempre acontece assim…
Com o passar dos anos, esta necessidade de aprovação pode se tornar patológica, gerando obrigações emocionais que propiciam que nossa mãe tenha o poder sobre nosso bem-estar durante quase toda a nossa vida.
O fato de que nossa mãe nos reconheça e nos aceite é um sede que temos que saciar, mesmo que tenhamos que sofrer para conseguir isso.  Isso supõe uma perda de independência e de liberdade que nos apaga e nos transforma.

 Como começar a crescer como   mulher e filha?

Não podemos escapar desse vínculo, pois seja ou não saudável, sempre estará ali para observar nosso futuro.
A decisão de crescer implica limpar as feridas emocionais ou qualquer questão que não tenha sido resolvida na primeira metade de nossa vida. Esta transição não é uma tarefa fácil, pois primeiro temos que detectar quais são as partes da relação materna que requerem solução e cicatrização.
Disso depende nosso senso de valor presente e futuro. Isso acontece porque sempre há uma parte de nós que pensa que devemos nos dar em excesso para a nossa família ou para o nosso parceiro para sermos merecedoras de amor.
A maternidade e, inclusive, o amor de mulher continuam sendo sinônimos culturais na mente coletiva. Isso supõe que nossas necessidades sejam sempre relegadas ao cumprimento ou não das dos demais. Como consequência, não nos dedicamos a cultivar nossa mente de mulher, senão a moldá-la ao gosto da sociedade na qual vivemos.
As expectativas do mundo sobre nós podem ser muito cruéis. De fato, eu diria que constituem um verdadeiro veneno que nos obriga a esquecer nossa individualidade.
Estas são as razões que fazem tão necessária a ruptura da cadeia de dor e cicatrização íntegra de nossos vínculos, ou as lembranças que temos deles. Devemos estar cientes de que estes vínculos se tornaram espirituais há muito tempo e, portanto, cabe a nós fazermos as pazes com eles.
Fonte consultada: Mães e filhas de Christiane Northrup
Texto original em espanhol de Raquel Aldana
Fonte indicada: A Mente é Maravilhosa

FILHAS DE MÃES SEM AMOR: 7 FERIDAS COMUNS



Durante os anos em que pesquisei e escrevi Mean mothers, eu falei com outras mulheres sobre as nossas experiências em comum. A história de cada mulher é diferente; talvez o que há de comum é a descoberta de que não estamos sozinhas, que não somos as únicas meninas ou mulheres que tiveram mães incapazes de nos amar. Os tabus sobre “desrespeitar” os pais e os mitos da maternidade, que retratam todas as mães como amorosas, só servem para isolar as filhas não amadas. Essa descoberta aumenta a mágoa e as feridas, mas não se resume a isso.

O seguinte catálogo do que pode acontecer com uma filha que cresce sem o amor e o apoio de uma mãe não é uma pesquisa científica; não deve ser generalizado para todos os casos. Novamente, eu não escrevi como psicóloga ou terapeuta, mas como uma companheira de viagem.
Na infância, a criança pega o primeiro vislumbre de si mesma no espelho que é o rosto da mãe. Se a sua mãe for amorosa, o bebê se sentirá seguro e protegido; ele aprende tanto que é amado quanto é amável. Essa sensação de ser amável, digno de afeto e atenção, de ser visto e ouvido, torna-se o alicerce sobre o qual ele construirá as suas mais profundas certezas-de-si, e fornecerá a energia para o seu crescimento.
A filha de uma mãe fria – emocionalmente distante, que não interage com o bebê, ou até mesmo crítica ou cruel – aprende lições diferentes sobre o mundo e sobre si mesma. O principal problema, é claro, é o quão dependente uma criança humana é da mãe para sua nutrição e sobrevivência. O resultado disso é um apego inseguro, caracterizado como “ambivalente” (a criança não sabe se quem vai aparecer é a mamãe boa ou a má) ou “esquiva” (a criança quer o amor de sua mãe, mas tem medo das consequências dessa busca). O apego ambivalente ensina à criança que o mundo dos relacionamentos não é confiável; o apego evitativo configura um terrível conflito entre as necessidades da criança, tanto pelo amor de sua mãe quanto pela proteção contra os abusos físicos ou emocionais dela.

O ponto chave é que a necessidade da criança pelo amor de sua mãe é uma força motriz primordial, e essa necessidade não diminui com a indisponibilidade – coexiste com o terrível e prejudicial entendimento de que a única pessoa que supostamente te amaria sem condições, não o ama. A luta para lidar com isso é poderosa. Ela afeta muitas, se não todas as partes do self – especialmente na área dos relacionamentos.
O trabalho de Cindy Hazan e Philip Shaver (entre outros) mostrou que as experiências da primeira infância foram altamente preditivas sobre os relacionamentos românticos e as amizades feitas na vida adulta. Não vai surpreendê-lo afirmar que as feridas mais comuns são aquelas relacionadas ao self e à área de conexão emocional.
Não devemos olhar para estas feridas para se lamentar ou jogar toda a responsabilidade por quem somos nas costas de nossas mães, mas para nos tornarmos conscientes delas. A consciência é o primeiro passo para a cura de uma criança não-amada. Muitas vezes, nós simplesmente aceitamos esses comportamentos em nós mesmos sem saber o seu ponto de origem.

1. Falta de consistência

A filha não-amada não sabe que é amável ou digna de atenção; ela pode ter crescido se sentindo ignorada ou criticada. A voz da sua mãe continua ecoando na sua cabeça, dizendo que ela não é inteligente, bonita, gentil, amorosa, digna… etc,. Aquela voz materna internalizada continuará a minar suas realizações e talentos, a menos que haja algum tipo de intervenção. Filhas, por vezes, falam sobre o sentimento de que estão “enganando as pessoas” e expressam o medo de serem “descobertas” quando alcançarem o sucesso no mundo.

2. Falta de confiança

“Eu sempre me pergunto”, uma mulher um dia me confessou, “por que alguém iria querer ser meu amigo. Eu não posso evitar de pensar que há algum tipo de interesse oculto”. Estes problemas de confiança emanam do senso de que os relacionamentos são fundamentalmente não-confiáveis, e fluem tanto nas amizades quanto nos relacionamentos amorosos. Como Hazan e Shaver relatam em seus trabalhos, a filha ambivalente necessita de validação constante que a confiança se justifica. Em suas palavras, essas pessoas “experimentam o amor como algo que envolve obsessão, um desejo de reciprocidade e de união, altos e baixos emocionais, atração sexual extrema e ciúme”. A confiança e a incapacidade de estabelecer limites estão intimamente ligados.

3. Dificuldade para impor limites

Muitas filhas, presas entre a necessidade de atenção da mãe e a sua ausência, relatam não conseguir impor limites em seus relacionamentos adultos. Uma boa parte das filhas não-amadas relatam problemas em manter estreitas amizades femininas, que são complicadas devido a questões de confiança (“Como vou saber se ela é realmente minha amiga?”). Não são capazes de dizer “não” (“De alguma forma, sempre acabo sendo um capacho, fazendo muito, e geralmente me acabo me desapontando no final”), ou querem ter um relacionamento tão intenso que a outra pessoa se afasta.

4. Dificuldade para ver o self com precisão

Certa vez uma mulher compartilhou o que aprendeu na terapia: “Quando eu era criança, minha mãe sempre se focava em denunciar os meus defeitos e ignorava minhas realizações. Depois da faculdade, eu tive vários empregos, mas, em cada um deles, meus chefes se queixaram de que eu não estava me esforçando o suficiente para crescer. Foi só então que eu percebi que eu estava me limitando, adotando a visão que a minha mãe tinha sobre mim no mundo. “Grande parte disso tem a ver com tudo o que você ouviu quando criança e internalizou. Essas distorções na forma como vemos a nós mesmos podem se estender para todos os domínios, incluindo a nossa aparência. (Quando eu vasculhei minhas fotos do tempo de adolescência, olhei para aquela menina como a minha mãe, chamando-a de “gorda”. Ela também me chamava de “mal amada”). Outras filhas relataram sentirem-se surpresas quando obtiveram sucesso em alguma coisa, assim como são hesitantes para tentar algo novo, de modo a reduzir a possibilidade de falha. Isto não é apenas uma questão de baixa autoestima, mas algo bem mais profundo.       

5. Atitudes escapistas

A falta de confiança ou o medo, por vezes, coloca a filha não-amada em uma posição defensiva, de modo que ela evita se machucar por um mau relacionamento, em vez de se motivar a encontrar um amor estável. Essas mulheres, na superfície, podem agir como se quisessem estar em um relacionamento, mas em um nível mais profundo, menos consciente, o escapismo é o seu motivador. O trabalho de Hazan, Shaver e Bartolomeu confirma isso. Infelizmente, a evitação impede que a filha não-amada encontre o tipo de relação amorosa que ela procura.

6. Ser excessivamente sensível

Uma filha não-amada pode se tornar muito sensível aos insultos, reais ou imaginários. Um comentário aleatório pode carregar o peso de alguma experiência da infância sem ela mesmo estar ciente disso. “Eu tive que me concentrar nas minhas reações”, disse uma mulher, agora na casa dos quarenta anos. “Às vezes, eu confundo o que é dito, como brincadeiras ou outra coisa, e acabo me preocupando até me abalar e perceber que a pessoa realmente não quis dizer nada do que havia imaginado”. Elas tendem a pensar demais e ruminar muito as situações ruins.

7. Replicar o vínculo com a mãe nos relacionamentos

Infelizmente, tendemos a ser atraídos pelo que já sabemos – aquelas situações em que, apesar de  representarem momentos de infelicidade, não deixam de ser “confortáveis”, por nos serem familiares. Isto, às vezes, tem o efeito de replicar, de maneira não-intencional, a relação maternal. “Eu me casei com a minha mãe, com certeza”, diz uma mulher: “Ele aparentava ser completamente diferente da minha mãe, mas, no final, acabou me tratando da mesma maneira. Como a minha mãe, ele alternava entre a indiferença e a atenção, às vezes fazia críticas horríveis, depois demonstrava alguma forma vaga de apoio”. Ela acabou se divorciando do seu marido e de sua mãe.
Fonte: PsychologyToday traduzido e adaptado por Psiconlinews

MÃES TÓXICAS


Mães tóxicas

Estudos realizados demonstram que, desde a gravidez, os bebês percebem os sons vindos do exterior e as emoções de sua mãe. Algumas mulheres, dependendo do ambiente emocional em que se encontram, desenvolvem sentimentos de rejeição em relação a seu bebê durante a gestação, os quais podem aumentar caso seja apresentada uma depressão pós parto. Na maioria dos casos, trata-se somente de uma situação passageira

Por que algumas mães tratam os filhos de forma nociva?

Uma explicação pode ser que elas também tenham sido maltratadas na infância, quando aprenderam que o mundo é, por definição, um lugar inseguro. Assim, o comportamento dessas mães acaba sendo o mesmo que elas presenciaram quando crianças. Curiosamente, quando eram objeto de maus tratos, algumas diziam a si mesmas que nunca fariam o mesmo com seus filhos. Então, por que agem assim? Porque esse é um comportamento inconsciente. Aquilo que mais detestaram se torna um comportamento automático. Foi isso o que elas aprenderam.

Uma mãe tóxica é controladora; usa as comparações e a humilhação pública como método de controle, pois ela também passou por isso. Quando uma mãe tem mais filhos, dependendo da posição ocupada por ela, poderá se identificar com algum deles, dirigindo suas preferência a ele e menosprezando os outros.

Aí é quando aparece a comparação. Não há arma mais destrutiva que a injustiça de uma comparação. Exaltando um, diminuindo outro. Ela tem a ganância de ter um aliado entre os filhos, que justifique seu comportamento. Precisa formar uma aliança com outros membros da família para exercer o controle.

A manipulação é outra cara do comportamento tóxico nos progenitores. A mãe costuma se fazer de vítima para gerar sentimentos de culpa em seus filhos, especialmente quando eles se tornam adultos e tomam suas próprias decisões.
As mães controladoras ou tóxicas ainda tratam seus filhos como se fossem crianças, negando o papel de adulto que eles possuem. O controle pode ir desde a escolha da roupa e do estilo pessoal até a forma como o filho deve falar.

Esse comportamento se torna ainda mais crítico quando os filhos resolvem formar uma família. Elas querem ditar as regras na família, definindo como criar os netos, como preparar a comida e até mesmo em que momento deve-se, ou não, conceber mais filhos. E claro, a escolha da pessoa com quem seu filho viverá um dia será enormemente destoante de seu gosto… Por isso costumam desaprovar as decisões dos filhos.
Mas elas agem assim apenas porque aprenderam dessa forma em sua infância? Não… Por trás desse comportamento, se esconde o medo do abandono e da solidão. Essa situação acaba por ocorrer um tempo depois, quando os filhos não conseguem estabelecer um limite entre seu espaço familiar e individual.

Com o controle e a toxidade elas conseguem o que mais temiam: A solidão.
No caso dos filhos únicos, ou com alguma doença ou condição de deficiência, a situação se transforma numa eterna chantagem… É um disse me disse de “deixei tudo por você…”, “me sacrifiquei para te criar”, etc. Ela questiona o motivo de seu filho não pensar como ela.

Como agir diante dessa situação?

Primeiro, é importante reconhecer que é necessária a ajuda de um profissional, pois as feridas criadas, se não tratadas, têm uma altíssima chance de alcançar os netos. É possível romper o ciclo de toxicidade.

Além disso, é recomendável, a medida em que a situação econômica permitir, estabelecer uma distância física entre o progenitor controlador e o filho ou filha. É preciso admitir que, quando o filho adulto ainda depende economicamente da mãe, é difícil impor limites. No entanto, é importante manter a independência usando outras habilidades, e não assumir um tipo de dependência que obriga assumir, assim, outras dependências emocionais.

Aqui, é importante o trabalho psicológico, pois ao detectar a manipulação, depois de um intervalo de indignação frente a confrontação com a realidade, é habitual que se produza no progenitor a liberação do peso da culpa. Quando reconhecemos a manipulação, podemos nos proteger e romper o laço.

Por isso, se essa é sua situação, procure a ajuda de um profissional. Não discuta, isso apenas aumentará a frustração, a raiva e a dor. Seja assertivo, rompa o círculo e não repita o roteiro.

Fonte: A mente é maravilhosa

DEPRESSÃO INFANTIL: SEQUELAS ALÉM DA INFÂNCIA

Existe uma tendência, equivocada, das pessoas pensarem na infância como um período da vida feliz, livre de preocupações, responsabilidades e sofrimento. 
Mas, ao contrário do que pensa a maioria das pessoas, as crianças também sofrem e estão sujeitas a desenvolver transtornos, como por exemplo a depressão, assim como qualquer adulto. E quanto mais cedo a depressão se manifesta na vida da criança, mais prejuízos e sequelas ela terá em sua vida, sendo comum que se torne um adulto depressivo no futuro.

É comum que os sintomas depressivos em crianças sejam encarados pelos adultos como próprio da personalidade da criança, levando a comentários e interpretações como: “Ele é bem quietinho, não incomoda”, “Ele é terrível, teimoso e agressivo”, entre outros. No entanto, a criança ainda não possui uma personalidade formada, ela está constituindo sua personalidade por meio do que aprende. Sendo assim, os comportamentos da criança são reproduzidos pelo que ela aprende com os pais, familiares, amigos, ambiente escolar, ou seja, todo o círculo de convivência da criança; sendo que alguns desses comportamentos podem ser indícios tanto de angústias comuns e passageiras da infância – que devem ser acompanhadas e orientadas pelos adultos – como também de algo muito mais sério, como a depressão.

Qualquer pessoa vive momentos de tristeza e angústia, inclusive as crianças. A vida é repleta desses momentos! Porém, dependendo da intensidade, da persistência e da presença de outros sintomas, pode ser um indício de depressão infantil. O diagnóstico e tratamento precoce e adequado da depressão diminui o impacto negativo na vida da criança, proporcionando à ela um melhor desenvolvimento e uma infância mais feliz.
A depressão na infância é um transtorno capaz de comprometer o desenvolvimento saudável da criança e interferir no seu processo de maturidade psicológica e social. Pode ocorrer tanto em meninos quanto em meninas, e se não tratada pode se tornar crônica e gerar vários prejuízos na vida adulta
Os principais fatores de risco para o desencadeamento da depressão na infância são: caso de depressão na família, pais alcoólatras, negligência e violência pelos pais – incluindo a violência psicológica, exposição à miséria, violência na comunidade, perda por falecimento de um ente querido – especialmente os pais, abandono, ambiente familiar inseguro, conturbado e conflituoso, fracasso escolar.
Existe também fatores protetivos ao desenvolvimento da depressão na infância, como: ambiente familiar seguro e relação de confiança com os pais, competência escolar, habilidades sociais, envolvimento em atividades esportivas e culturais.
Sintomas gerais: isolamento, agressividade, humor deprimido ou irritável, diminuição do prazer nas atividades diárias, alteração de peso ou apetite, insônia ou aumento do sono, agitação ou calma excessiva, cansaço ou perda de energia, desvalorização de si, sentimentos de culpa, diminuição da capacidade de pensar e se concentrar, dores de cabeça, queixas de falta de ar.
Sintomas e o desenvolvimento da criança: Na criança bem pequena a ênfase dos sintomas é dada aos distúrbios do sono e alimentação, cólica, choro e balanço de cabeça. Na criança mais crescida, o isolamento, apatia e comportamento regredido estão mais presentes. Nas crianças mais velhas, os problemas de comportamento começam a substituir os sentimentos depressivos, como os acessos de raiva, desobediência, fuga de casa, tendência a acidentes, agressividade e comportamento provocativo.
Há uma transformação progressiva da sintomatologia depressiva, quanto mais se aproxima da adolescência, mais o quadro se assemelha ao do adulto.

Diante da seriedade e importância que esse tema traz, é indispensável que o adulto fique atento aos sintomas e fatores de risco, e em caso de suspeita, procure um profissional especializado. Quanto mais cedo a criança for diagnosticada e tratada, mais eficaz será o tratamento, e menos prejuízos ela terá ao longo da vida. Lembrando que o melhor de todos os tratamentos é a prevenção!

5 FRASES MUITO COMUNS QUE REVELAM UM TRAUMA DE INFÂNCIA QUE NÃO FOI SUPERADO


Os traumas de infância são muito mais comuns do que gostaríamos de acreditar.


Uma série de estudos realizados por psicólogos da Duke University Medical School revelou que 78% das crianças relataram ter experimentado mais de uma experiência traumática antes dos 5 anos de idade. A partir dos 6 anos, 20% relataram experiências traumáticas, variando desde abuso sexual a negligência emocional, exposição a violência doméstica e perda traumática

Pessoas que sofreram um trauma de infância também podem vir a desenvolver um transtorno de estresse pós-traumático complexo (PTSD-C), um problema caracterizado por dificuldades na regulação emocional, percepções distorcidas de abuso, dificuldades nas relações interpessoais e somatização.
No entanto, muitas vezes essas pessoas não estão conscientes de que têm um problema cuja origem se volta para a infância. Eles acreditam que deixaram seu passado para trás, mas isso os persegue inconscientemente.

Como um trauma da infância influencia na formação da identidade?

A formação de identidade é um processo complexo que ocorre ao longo da vida. A construção da identidade, incluindo o sentimento de ser suficientemente bom, a capacidade de integrar harmoniosamente emoção e razão, a consciência básica do estado emocional, sentir-se seguro e saber quem somos realmente, é afetada pelos traumas de infância. O que acontece é que a sobrevivência básica prevalece sobre o desenvolvimento equilibrado do “eu”.
Um trauma em tenra idade pode mudar o desenvolvimento do cérebro. De fato, sabe-se que um ambiente onde prevalece o medo e a negligência gera diferentes adaptações dos circuitos cerebrais, em comparação com um ambiente onde a criança se sente segura, protegida e amada. E o pior é que, quanto mais cedo essa angústia for vivenciada, mais os efeitos serão profundos e duradouros.
Portanto, muitas vezes a identidade de um adulto que sofreu traumas de infância está organizada em torno da necessidade de sobreviver e alcançar um nível básico de segurança em suas relações com os outros. Isso o leva a um ciclo vicioso no qual, por um lado, revive experiências desencorajadoras e traumáticas e, por outro lado, tende a evitar experiências orientadas para o crescimento.
Pessoas nessa situação identificam-se muito com um “eu traumático”, à custa de um sentido mais inclusivo e flexível de si mesmas. Eles se desprendem do seu ambiente e de si mesmos desde o início, como um mecanismo de sobrevivência, e podem permanecer desconectados de si mesmos durante a infância, adolescência e até mesmo na vida adulta, depois de saírem do ambiente tóxico. Na prática, eles continuam experimentando a necessidade de sobrevivência.
As frases que escondem uma “

1. Perda da infância – “Eu não tive uma infância”

Quando as pessoas vivem uma infância particularmente angustiante, é bem comum que elas não consigam se lembrar dos primeiros anos de vida. Essas pessoas costumam dizer “eu não tive uma infância” ou “não me lembro muito de quando era criança”.
Eles podem se lembrar de alguns momentos particularmente vívidos, que são conhecidos como “memórias flash”, mas esses momentos não têm contexto, portanto não fazem muito sentido para a pessoa. É comum que não tenham uma história muito clara de si mesmos como crianças, até chegarem à adolescência ou até mesmo ao início da idade adulta.
No sentido autobiográfico, eles não têm o que é chamado de “narrativa coerente”, não conseguem falar sobre a sua história de vida seguindo um fio lógico. Na verdade, muitas pessoas até afirmam que sentem que sua infância foi roubada. E sem esse fundamento, a identidade do adulto está seriamente comprometida.

2. Perdeu parte de si mesmo – “Sinto que perdi alguma coisa”

Devido aos traumas de infância, as crianças geralmente reagem se desconectando de partes importantes de si mesmas para sobreviver, é um tipo de mecanismo de dissociação. Essas pessoas costumam dizer: “Sempre senti que falta algo, mas não sei o que é”.
O problema é que eles tendem a se desconectar de áreas sensíveis, ao mesmo tempo em que reforçam outras esferas, como uma medida de compensação para escapar do sofrimento emocional. Desta forma, uma criança com problemas em casa pode tentar se tornar um estudante modelo.
Mais tarde na vida, você pode descobrir que tem grandes habilidades em certas esferas enquanto outras permanecem completamente esquecidas, geralmente são aquelas ligadas a emoções, autoconhecimento e relações interpessoais.

3. Evitar-se – “Eu me sinto mal quando penso em mim mesmo”

Muitas das pessoas que sofreram traumas de infância dizem: “Eu não gosto de pensar em mim mesmo, isso só me faz sentir mal”. Esse sentimento é particularmente intenso quando o trauma está relacionado a pessoas importantes e importantes em sua vida, como pais ou irmãos.
O problema é que o exercício da introspecção, o ato de se aprofundar em si mesmo, torna-se um lembrete dessas experiências dolorosas, o que implica numa reconstrução da própria identidade, e muitas vezes é muito mais fácil escapar de si mesmo do que enfrentar problemas tão profundos.
Essas pessoas podem aprender a viver desconectadas de seu “eu”, mas isso geralmente os leva a comportamentos autodestrutivos ou à profunda insatisfação, porque eles realmente não sabem o que querem ou não conseguem construir um projeto de vida.

4. Relações destrutivas – “Sinto atração por pessoas que não me adequam”

Não é incomum que pessoas traumatizadas por seus pais ou cuidadores acabem estabelecendo amizades, relacionamentos românticos ou até mesmo vínculos de trabalho, que não são bons para eles. Eles costumam dizer frases como “Eu atraio pessoas que não me convém” ou “Eu tenho um ímã para pessoas que me machucam”.
O problema é que essas pessoas encontram pessoas que se encaixam na sua identidade traumática, mesmo que se esforcem para tomar decisões diferentes ou para que os outros o alertem que esses relacionamentos não sejam benéficos. Isso gera um ciclo vicioso de re-traumatização através da repetição do passado.
Como resultado, eles podem acabar cercados por pessoas emocionalmente indisponíveis, abusivas ou narcisistas, ou acabar tentando resgatar e “consertar” essas pessoas, assumindo o papel de “salvador“. É óbvio que essas pessoas querem encontrar alguém que possa proporcionar-lhes a estabilidade emocional que eles precisam, mas inconscientemente sentem uma “química” poderosa para o perfil do abusador psicológico .
Os traumas contínuos e os enganos, levam-nos a pensar que ” é melhor estar sozinho”. O despertar de relacionamentos destrutivos levou-os a assumir uma imagem pessimista dos outros, acreditando que eles sempre os ferirão.

5. Desconexão emocional da identidade – “As emoções são um obstáculo”

Quando os sentimentos não têm lugar na família de origem, as emoções são separadas da identidade. Se uma pessoa cresceu com frases como “chorar é para os fracos”, ou foi punido ou repreendido cada vez que expressou suas emoções, ela não poderá desenvolver um vínculo saudável com essa parte de seu “eu”.
As emoções continuarão presentes, embora muitas pessoas se apeguem à crença de que “não são emocionais”, ou de que “as emoções são apenas um incômodo”. É por isso que as emoções acabarão gerando confusão e caos, uma vez que essa pessoa não será capaz de reconhecê-las e gerenciá-las de forma assertiva, já que só aprendeu a escondê-las e reprimi-las.
O problema é que precisamos das emoções até mesmo para tomar decisões na vida. A desregulação emocional nos desconecta da nossa intuição, e pode nos levar a tomar decisões impulsivas e a prejudicar nossas relações com os outros.
Outros podem descrever um sentimento de anestesia emocional, uma vez que só conseguem experimentar uma gama limitada de emoções. Na verdade, muitas vezes apenas se referem a emoções vagas, como a frustração e o tédio, porque não aprenderam a reconhecer seus estados emocionais. Também é comum bloquear sensações como a insatisfação, até ampliar, como uma explosão de raiva contida.
Sem dúvida, as conseqüências dos traumas de infância na idade adulta são desencorajadoras. No entanto, a pessoa pode reconstruir sua identidade e refazer esse “eu” traumatizado. Isso implica em voltar ao passado para aceitar essas experiências dolorosas, para que elas possam ser integradas na história de vida e serem superadas.
Existem duas chaves fundamentais:
1. Compreender que agora estamos seguros e que não somos mais aquela criança assustada e,
2. Suponhamos que, apesar de sermos adultos, é provável que continuemos a processar emocionalmente as experiências traumáticas como crianças. Perceber e assumir essas realidades é muitas vezes libertador.
Lembre-se de que sempre é possível reconectar-se consigo mesmo, mesmo que seja necessário remover várias camadas para reconstruir uma identidade mais saudável. Sem dúvida, é um processo difícil, e pode ser necessário recorrer à ajuda de um psicólogo, mas investir em si mesmo é o melhor que você pode fazer. Não é necessário continuar carregando o fardo do passado, de um modo que ele limite o seu presente e obscureça o seu futuro.

9 COISAS QUE UM PASSIVO-AGRESSIVO É CAPAZ DE FAZER


Pessoas passivo-agressivas muitas vezes passam despercebidas no local de trabalho e nos seus círculos sociais, pelo menos inicialmente, porque elas conseguem disfarçar sua hostilidade com um comportamento agradável.
Listamos aqui nove coisas que só uma pessoa passivo-agressiva é capaz de fazer:

1. “Esquece” deliberadamente de fazer as coisas

Um passivo-agressivo prefere ser visto como “distraído” em vez de desagradável. Em vez de se recusar a fazer um trabalho, ele pode alegar que se esqueceu do prazo; um amigo passivo-agressivo prefere dizer que se esqueceu de fazer reservas no restaurante que vocês combinaram em vez de dizer que não queria ir.

2. Diz ”sim” sem nenhuma intenção de cumprir

Num esforço para parecer uma pessoa agradável, o passivo-agressivo raramente diz não. Ele é capaz de ignorar um convite e, mais tarde, alegar que nunca recebeu. Muitas vezes ele concorda e assume compromissos, mesmo sem nenhuma intenção de cumprir. Para escapar de suas obrigações, ele pode cancelar os planos no último minuto, fingindo que ficou doente ou que teve uma emergência.

3. Fala pelas costas


O passivo-agressivo até partilha as suas opiniões, mas não logo de início. Ele é propenso a reclamar das pessoas, mas nunca fala diretamente para a pessoa da qual está reclamando. Sua abordagem indireta prejudica seus relacionamentos e ele não faz nada para resolver os seus problemas.

4. São ineficientes de propósito

O passivo-agressivo é teimoso. Quando não quer fazer algo, muitas vezes se torna o mais ineficiente possível para evitar fazer o trabalho. Em vez de dizer: “Eu estou tendo problemas com esse projeto”, o passivo-agressivo prefere procrastinar de propósito na esperança de que alguém assuma o trabalho.

5. Mascara seu ressentimento com um sorriso

O passivo-agressivo não expressa sua raiva ou descontentamento de forma aberta. Ele guarda ressentimentos e amarguras por anos, muitas vezes camuflando-os com um sorriso falso. Não importa o quanto discorde do que você está dizendo, ele vai se esforçar muito para parecer que concorda totalmente com as suas declarações.

6. Procura vingança

Escondido sob sua aparência agradável, o passivo-agressivo mantém o desejo de punir aqueles que o magoaram. Muitas vezes, se dedica a prejudicar os indivíduos que acredita terem se aproveitado dele. Sua vingança é, muitas vezes, indireta – um e-mail anônimo com raiva ou um desagradável rumor que se espalhou no seu local de trabalho são apenas algumas das maneiras que ele pode usar para se vingar.

7. Exposição: desamparo aprendido

O passivo-agressivo não acredita que pode ter controle sobre os acontecimentos da sua própria vida. Em vez de tomar medidas para resolver os problemas, ele se convence: “Não adianta tentar, porque de qualquer maneira, não posso fazer nada sobre isso.” Esta abordagem passiva, desnecessariamente, o sujeita a mais sofrimentos e, infelizmente, muitas de suas previsões negativas se transformam em profecias auto-realizáveis.

8. Se afasta para evitar o confronto

Mesmo se o passivo-agressivo estiver profundamente ofendido, ele vai evitar o confronto direto. Às vezes, se comunica de forma inconveniente, dizendo coisas como: “Bem, você não se preocupa com os meus sentimentos, então eu acho que você não precisa fazer isso.” Ele permite que os outros o tratem mal e se recusa a admitir que esteja com os sentimentos feridos.

9. Manipula pessoas

O passivo-agressivo luta pelo que quer e usa táticas de manipulação para que as suas necessidades sejam satisfeitas. Em vez de pedir ajuda para carregar uma caixa, ele pode queixar-se: “Eu provavelmente vou machucar minhas costas carregando essa caixa sozinho.” Não se importa se os outros sentirão pena dele, contanto que tenha as suas necessidades satisfeitas.
Há algumas coisas que o passivo-agressivo pode fazer para se tornar mais assertivo. Quando as suas palavras estiverem alinhadas com as suas emoções, você vai desfrutar de uma vida muito mais autêntica. E se você detectar em alguém os sinais de um passivo-agressivo, talvez um colega de trabalho, um amigo ou membro da família, esteja disposto a ajudá-lo a manter as suas responsabilidades. Permitir que o passivo-agressivo fuja das suas responsabilidades ou evite o confronto só irá reforçar o seu comportamento.

O CHOCANTE CASO DE BETH THOMAS, A MENINA PSICOPATA


Muitas pessoas já conhecem o caso de Beth Thomas, uma história intrigante que está causando um grande impacto nas redes sociais. Se você ainda não ouviu falar dessa garotinha ou se já conhece a história dela, continue lendo este artigo.


Beth Thomas: a história da menina psicopata


Esta é a história real da menina que perdeu sua mãe quando tinha apenas um ano de idade. Ela e seu irmão ficaram sob a tutela do pai biológico, que abusou sexualmente das duas crianças. Seis meses depois, os médicos identificaram os abusos e as crianças foram acolhidas por uma assistente social.
Felizmente, Beth e Jonathan, seu irmão mais novo, foram adotados por um casal cristão que queria muito ter filhos, mas que não podiam gerá-los. Tudo ia muito bem até que Beth começou a ter estranhos pesadelos, foi aí que eles perceberam que havia algo errado.

Pesadelos, o primeiro sinal do comportamento antissocial da pequena Beth

Os pesadelos de Beth eram sobre um homem que “caia em cima dela e a machucava.” Além disso, Beth tinha um comportamento bastante violento com seu irmão, com seus pais e com os animais (que ela chegava a matar). Além da raiva, Beth manifestava um comportamento sexual inadequado: ela se masturbava publicamente e de forma excessiva, chegando a sangrar.
Esses fatos fizeram seus pais considerarem a possibilidade de procurar a ajuda de um psicólogo.
Foi o Dr. Ken Magid, um psicólogo clínico, especialista em tratamento de crianças vítimas de abuso sexual grave, que cuidou do caso de Beth. Durante suas seções de terapia, ele gravou um vídeo onde entrevistava a menina, vídeo este que tem percorrido o mundo todo. As coisas que ele descobriu sobre as consequências e os efeitos dos abusos sexuais é objeto de estudo em todas as faculdades de psicologia.
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O arrepiante diálogo entre Beth e seu psicólogo

Esta é uma pequena parte do início da conversa:
– “Dr. Ken: As pessoas têm medo de você, Beth?
-Beth: Sim.
-Dr. Ken: Seus pais têm medo de você?
-Beth: Sim.
-Dr. Ken: O que você quer fazer com eles?
-Beth: Esfaqueá-los.
-Dr. Ken: O que você quer fazer com o seu irmão?
-Beth: Matá-lo.
-Dr. Ken: Em quem você gostaria de espetar alfinetes?
-Beth: Na mamãe e no papai.
-Dr. Ken: O que você quer que aconteça com eles?
Beth: Que Morram.”

Ela admitiu ter maltratado seu irmão fisicamente

Em suas conversas com o Dr. Ken, Beth admitiu friamente que maltratava seu irmão desde sempre. Ela contou que batia a cabeça dele contra o chão, furava o corpo dele e suas partes íntimas com agulhas, puxava e chutava seus órgãos genitais… Ela até explicou que, uma vez, tentou matá-lo e só parou porque seus pais a descobriram. Ela também admitiu ter pensado seriamente em matar seus pais em várias ocasiões. Beth também contou que costumava maltratar os seus animais de estimação, inclusive, ela matou vários deles, até mesmo os que vagavam pelo pátio de sua casa.
Diante de todos estes fatos que ela mesma relatava, Beth admitiu não sentir nenhum tipo de ressentimento e nem culpa, seu tom de voz em todas as suas declarações era frio e calmo, como se estivesse explicando qualquer assunto trivial. Quando questionada sobre o porquê de ela agir dessa maneira, ela respondeu que queria que todos sentissem tudo o que ela sentiu quando sofria abusos do seu pai. Além disso, sempre que o médico perguntava se ela estava ciente de que estas ações causavam muito sofrimento na outra pessoa, com calma, ela respondia que sim, que era exatamente isso que ela queria.
A internação em um centro especializado e o tratamento psicológico


Depois de uma longa conversa, o psicólogo decidiu internar a menina em um centro de tratamento para crianças com transtornos de comportamento. Beth foi diagnosticada com um grave transtorno de conduta, que é caracterizado pelo desenvolvimento da incapacidade de estabelecer relacionamentos saudáveis e adequados, devido ao histórico de abuso sexual e maus tratos

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Quem sofre do transtorno de conduta precisa receber atendimento psicológico urgente. No caso de Beth, a completa falta de empatia colocava em risco todos à sua volta, incluindo ela mesma. Essa falta de empatia poderia ser facilmente comparada com distúrbios como a psicopatia ou sociopatia. Beth não foi diagnosticada como uma psicopata porque, naquela época, ainda não era conhecida a existência do transtorno de personalidade antissocial (transtorno de personalidade antissocial antes dos 18 anos), o que continua sendo assunto de um extenso debate entre os acadêmicos de saúde mental.

Tratamento psicológico para controlar os impulsos antissociais

O tratamento imposto a Beth era muito rigoroso. Costumava ser aplicado especialmente em crianças com o mesmo transtorno, que não respeitavam regras e nem hábitos. Beth ficava trancada em uma sala durante a noite, para evitar que ela machucasse outras crianças. Ela precisava pedir permissão para tudo, para ir ao banheiro, para beber água… Qualquer coisa.
Com o tempo, as restrições foram diminuindo e Beth foi melhorando gradualmente.

Beth se recuperou totalmente e hoje é uma pessoa com uma vida comum
No final do vídeo, podemos ver um grande avanço no tratamento de Beth. Ao longo dos anos, Beth foi melhorando e se tornou uma pessoa com capacidade de sentir empatia e de ter consciência das consequências de suas ações. Obviamente, a aparente ‘maldade’ dela tinha sua origem nos abusos e maus tratos que ela sofreu quando ainda era um bebê. Seu caso ilustra claramente as consequências terríveis dos abusos sexuais e dos maus tratos físicos e psicológicos em uma idade ainda jovem.

Atualmente, Beth leva uma vida normal e trabalha como enfermeira. Ela ganhou vários prêmios por suas realizações profissionais.
Este caso nos leva às seguintes conclusões: a importância de uma boa criação, especialmente durante os períodos mais difíceis da vida da criança. Também nos mostra que a terapia psicológica pode ser sim, muito eficaz, mesmo em casos de extrema gravidade e que parecem irredutíveis.

Quais foram as chaves psicoterapêuticas da sua recuperação?
A total recuperação psicológica da pequena Beth foi alcançada. A menina aprendeu a ter consciência das suas próprias ações através da sensibilização, aumentando a sua autoestima. Além de consolidar seus hábitos funcionais e o seu comportamento social, ela conseguiu desenvolver a capacidade de aceitar certas normas e de gerir, canalizar e entender o motivo da raiva que sentia.
Recomendamos que assista ao documentário completo do caso de Beth, realizado pela HBO em 1992. É realmente muito interessante e convém conhecer profundamente esse caso, por tudo o que ele pode nos ensinar como profissionais e como seres humanos.