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domingo, 16 de setembro de 2018

A AUTORIDADE DO PSICOPATA


O psicopata tem uma imagem de si mesmo inflada, grandiosa, apresenta extrema confiança e clareza em suas convicções, porque não sente medo nem dúvida, e essa autoconfiança e certeza eleva o status do psicopata aos olhos dos outros, conferindo-lhe autoridade.
Ele nunca está errado, são os outros.
Para cada situação em que poderia haver dúvida, como a amiga de sua vítima tentando alertá-la de que algo está errado, ele tem uma convicta explicação: “Essa sua amiga tem inveja de você. Não acredite nela.” “Sua mãe não gosta de mim, por isso ela quer arruinar o nosso casamento.” “Seu pai não sabe o que está de fato acontecendo. Ele já está velho.” “Não dê atenção ao que seu irmão está dizendo, ele tem problemas com a esposa dele.” “Eu sempre sou fiel às minhas mulheres. Você está vendo coisas que não existem. Como você é carente!”
Como costumamos confiar no que as pessoas próximas a nós nos dizem, o psicopata precisa retirar essas referências, para que a única referência seja ele mesmo. Assim é que ele tem o controle da visão de mundo da vítima. Isso é feito com tanta sutileza e disfarce, que a vítima não percebe até que esteja totalmente enredada na teia.
Com essas táticas, o psicopata programou o cérebro da vítima para vincular o comportamento dele a uma imagem bondosa, honesta e confiável, porém falsa, que ele apresentou no início, para conquistar sua vítima. Quando o comportamento e a imagem não batem, o problema não é ele e sim todos os outros, inclusive a vítima, que deve estar vendo coisas. Essa é uma tática poderosa para ir minando a confiança em sua capacidade de percepção, que aos poucos vai enlouquecendo a vítima.
A programação é reforçada repetidamente, o que cria como se fossem sulcos no cérebro da vítima pelos quais a informação flui e que são muito difíceis de modificar. É por isso que é tão difícil sair de um relacionamento com esse tipo de criatura sem graves danos à nossa psique.
O comportamento que a vítima vê combina com alguém desonesto, mentiroso, manipulador, explorador, traidor e cruel. Como conciliar as duas imagens?
A isso se soma ainda a opinião dos outros que só veem a grandiosa imagem do psicopata, sem ao menos desconfiarem de sua falsidade. E é a vítima que é julgada louca, problemática, ciumenta, carente e mentirosa. Seus sentimentos são invalidados pelos outros. Isso leva a uma espécie de paralisia.
Como sair disso?
Sem ajuda de um bom terapeuta, de um verdadeiro amigo, é extremamente difícil, porque consiste em reprogramar o cérebro, revalidar percepções e sentimentos, desfazendo uma teia muito bem tecida pelo abusador.
O primeiro passo é começar a acreditar em si mesma, repetir para si mesma: “Eu não estou louca. Eu não fiz nada de errado.”
Aos poucos, sua visão vai ficando mais clara. Ao entender como essas criaturas funcionam e quais são suas táticas, você vai percebendo a terrível crueldade e falta de humanidade delas, e você se torna capaz de reprogramar seu cérebro, refazer sua vida de forma nunca antes imaginada.
Um incrível futuro aguarda você. Acredite.
Júlia Bárány

DISCUSSÃO COM NARCISISTA, PSICOPATA E AFINS.


Raramente há algo a se ganhar da discussão com um narcisista ou psicopata. Tudo será virado do avesso contra você, ele vai projetar em você sua própria desonestidade, acusando você de fazer coisas que na verdade ele é que está fazendo. Seus sentimentos serão desprezados, ridicularizados e minimizados. Se o foco for o mau comportamento dele, imediatamente ele vai acusar você tempestivamente sem fundamento algum, só para você se colocar na defensiva. E toda vez que você tentar se defender dessas acusações, ele vai inflar suas reações como prova de que você está louca e histérica. Mesmo muito tempo depois da discussão, você fica num estado de alerta constante, repassando o incidente na sua cabeça e pensando o que você deveria ter dito. Quanto mais você ficar ocupada nessa dinâmica, tanto mais seu corpo e seu coração ficarão entalados na luta ou fuga, com raiva e na defensiva. Assim não dá para viver. Deixe para lá querer “ganhar” essas discussões. A única vitória da qual você precisa é o seu coração se manter aberto e amoroso. Para encontrar isso, corte contato com esse provocador em série, e perceba que as palavras e a conduta dele nada têm a ver com você.
Tradução por Júlia Bárány de trecho de PsychopathFree.

O QUE ESTÁ POR TRÁS DO BLÁ-BLÁ-BLÁ NARCISISTA?



adaptação livre por Júlia Bárány de artigo de Christine Hammond, MS, LMHC, (http://pro.psychcentral.com/exhausted-woman/2016/09/whats-behind-a-narcissistic-rant/ acessado em 21/09/2016)
Vocês dois sentam para conversar e o clima é bem normal. Há um bom fluxo de uma pessoa para a outra, cada uma ouve e entende o assunto discutido sem qualquer indício de estresse. Então, do nada, acontece uma mudança drástica. A conversa se torna unilateral quase uma palestra, o narcisista passa a dirigir palavras bruscas e mordazes, esparrama elogios dirigidos à sua própria pessoa, e não se sabe mais do que se está falando. A conversa descambou para um blá-blá-blá narcisista, que se chama vômito verbal.
O narcisista costuma agredir sutilmente ou diretamente: “Você é uma idiota”, “Você não consegue fazer nada direito”, “Você nunca me apoia”, “Você nunca quer conversar comigo”, “Você nunca me dá atenção, está sempre ocupada com suas coisas, e eu fico sobrando”. Pode se fazer de coitado: “Ninguém me ama”, “Eu estou sempre sozinho”, ou “Ninguém se importa com o que eu penso”. Ensanduichadas no discurso frases como: “Em comparação com os outros, eu sou muito melhor”, “Você não sabe quão sortuda você é em estar comigo”, “Eu sempre tenho razão”, ou pior “Eu NUNCA erro”, “Eu sou uma boa pessoa”, “Eu me importo com os outros”, “Eu sempre trato bem minhas mulheres”.
Você é surpreendida com a guarda abaixada e, temendo mais retaliação ainda, fica calada, morrendo em silêncio. Isto pode continuar por alguns minutos ou por horas dependendo de quanto esgoto o narcisista quer despejar. No final do discurso, o narcisista se sente melhor e aliviado. Ele teve sua dose de adrenalina e fica indignado se você não concorda ou não se sente do mesmo jeito.
O que está por trás disso? É simples, o narcisista espera que você satisfaça suas necessidades insaciáveis. O narcisista precisa de atenção, afeto, adoração e afirmação dos outros para validar seu ego megalomaníaco. Esta necessidade nunca é satisfeita, por isso você fica exaurida e recebe pouco ou nada em troca. Quando você consegue alguma atenção, é porque o narcisista quer algo de você. Raramente ele dá atenção gratuitamente ou sem uma condição.
O narcisista não consegue satisfazer suas próprias necessidades de outra forma? Sim, e frequentemente o faz. Vai buscar sua plateia no trabalho, com algum parente desavisado que acredita que o narcisista não é capaz de fazer mal, nas organizações comunitárias tais como caridade ou igreja onde o narcisista consegue projetar uma falsa imagem brilhante e ser reconhecido. Ou na cama de outra. Porém, quando qualquer um desses recursos falha em satisfazer suas necessidades, ele desforra imediatamente na família ou nos amigos. E em você.
Qual é a solução para o narcisista? Todos têm necessidade de atenção, afeto, adoração ou afirmação. Essas coisas não são inerentemente ruins; são ingredientes necessários para uma saudável auto-imagem. Imagine uma criança de dois anos de idade e quanta atenção ela precisa e exige. Porém, crescendo e amadurecendo, a pessoa busca satisfazer essas necessidades dentro de si, não fora. Um ego saudável aprecia atenção dos outros, mas não depende dela para sobreviver. Trazer o narcisista a isso é possível com a ajuda de um bom terapeuta. Mas um familiar ou parceiro afetivo não é capaz de ajudar nessa área porque isso só criará mais dependência da outra pessoa em satisfazer as necessidades narcisistas.
Agora, se for um narcisista psicopata, não tem jeito nem no consultório do terapeuta nem com familiar compreensivo nem com reza brava. Ou você cai fora desse círculo vicioso, ou você vai acabar definhando.
Porque a necessidade do narcisista psicopata é insaciável. Lembre-se. Ele se diverte torturando você.

O QUE FAZ O NARCISISTA FELIZ?


O que mais faz o narcisista feliz é nunca ter que dizer adeus à sua fonte de suprimento narcisista… você ainda fornece oxigênio ao narcisista?
Uma mulher já está há cerca 20 anos depois do divórcio, com uma vida razoavelmente feliz, somente perturbada pelas reuniões de família, nas quais a dor do passado entra correndo e a empurra de volta àqueles tempos.
Ela relata:
Uma das enormes dificuldades é que, como meus filhos não viram o pai me maltratar, eles não conseguem entender PORQUE eu não quero estar com ele no mesmo ambiente. Até parece que eu é que sou a parte cruel na história!
Eles me dizem para ‘esquecer, virar a página!’. Compartilhei com eles algumas coisas tentando fazer com que entendessem, mas eles não querem ouvir nada negativo sobre o pai e acham que são problemas particulares entre nós. E, porque eu sou uma pessoa empática, AINDA quero que meus filhos tenham uma boa imagem do pai deles!!. Não vejo solução para este dilema a não ser ficar em casa e deixar de ir nessas reuniões da família. Mas isso também não me agrada.
Christine responde:
O que mais faz o narcisista feliz é nunca ter que dizer adeus à sua fonte de suprimento narcisista. O marido citado acima está já com sua terceira esposa, e ainda a primeira esposa gasta muita energia pensando nele, se incomodando e tentando evitá-lo. Isso deve lhe causar felicidade, especialmente por ele ter uma audiência que assiste à angústia da ex-mulher. Essa situação é muito frequente, especialmente quando há filhos envolvidos.
A perspectiva de encontrar-se novamente com o narcisista abusivo mesmo depois de muitos anos decorridos causa ansiedade, inevitavelmente, pois é evocada a dissonância cognitiva que o abusador utilizou abundantemente para torturar psicologicamente sua vítima. Dissonância cognitiva agora é: “Vou? Não vou?”. A mãe não quer decepcionar principalmente os filhos. Não quer ofender o anfitrião. Mas também não quer dar ao abusador a satisfação de ter ganho mais uma parada se ela não for.
Emaranhamento é o jogo final do abusador, e depois da fase do descarte, o narcisista tem outras técnicas para manter você enroscada nele. Embora você não tenha percebido, uma vez que você permitiu que ele entrasse na sua vida, você assinou sem saber um contrato psicológico que amarrou você a ele pelo resto da vida. Assim, sempre que o narcisista precisa de suprimento vai usar a “manobra aspirador” para sugar você de volta na vida dele para ele se divertir. Conseguir sua atenção mantem o jogo funcionando, e não importa se a atenção é positiva ou negativa. As duas servem muito bem ao narcisista patológico.
As vítimas cometem o erro de pensar que quando o narcisista faz isso ele quer é você de volta na vida dele. Mas o que ele quer mesmo é sugar mais oxigênio de você, e descobrir o que você anda fazendo, pois informação dá poder ao narcisista. Uma vez satisfeita a curiosidade dele, ele a deixa em paz por um tempo.
A sua reação à “manobra aspirador” é uma recompensa ao narcisista. Por exemplo, se você tratá-lo bem, ele vai querer essa atenção de novo. Se você o destratar, ele vai querer se vingar e obter a sensação prazerosa de humilhar você de novo.
Se você, a vítima, continua sozinha, ele vai se aproveitar disso, convencido de que você ainda o ama. Então ele vai desfilar com sua nova conquista para tirar mais uma lasquinha de você. Ele quer fazer você acreditar novamente que você foi a errada, e se não o fosse, ainda poderia estar feliz com ele. Os outros não vão perceber a jogada de gato e rato que ele faz, e só verão como ele está sendo amistoso e gentil com você.
Mesmo que você não demonstre seus sentimentos nessa situação toda, os outros vão achar que é você a problemática e a culpada, uma pessoa difícil, no mínimo. Eles até vão atribuir a você ciúmes por ver o seu ex feliz com a outra. Jamais perceberão o jogo sutil por trás dessa história. E enquanto isso, o abusador se mostra surpreso ou constrangido com o seu comportamento. Essa é outra maneira de manipular os outros para que o defendam, a ele não a você! E os outros se afastam de você ou até deixam transparecer que você não é benvinda às reuniões familiares.
Você indo ou não à reunião, o seu ex terá prazer sabendo como você se sente mal com a rejeição dos outros… isso lhe dá o oxigênio que ele tanto anseia. Ele sai cheirando a perfume de rosas enquanto a vítima é rejeitada pela “manobra do aspirador”.
O mundo precisa saber dessas manobras e parar de interpretar os fatos dessa forma totalmente equivocada. A verdade precisa ser vista!

NARCISISTAS NÃO CRIAM FILHOS



NARCISISTAS NÃO CRIAM FILHOS: ISTO EXPLICA PORQUE VOCÊ ESTÁ TENDO TANTA DIFICULDADE
Por Júlia Bárány, baseado no texto de Sharine Stines, Psy.D:
Você está exausta além da conta com a criação de seus filhos. Criar filhos é uma tarefa difícil, mas quando você tem um parceiro colaborativo, juntos vocês conseguem. No entanto, quando o seu parceiro é um narcisista o quadro é totalmente diferente. (Usarei o genérico masculino, mas serve para homem e mulher)
É porque, na prática, você é uma mãe ou um pai solteiro. E não só isso, se você ainda está casada com o narcisista, ele é o filho que mais lhe dá trabalho, deixando-a num alto nível de estresse a maior parte do tempo.
Se você está tentando criar filhos junto com um narcisista, é melhor que você desista já. Repita comigo: “Eu sou um pai/mãe solteira.” Ou, “Ele não é um pai/mãe.” Mesmo que o narcisista seja o pai (mãe) biológico, ele não está interessado, nem é capaz de criar outro ser humano.
Examinemos este conceito. O que significa criar filhos? Para ser pai ou mãe é necessário ter as seguintes habilidades ou traços:
– Responsabilidade
– Auto-sacrifício
– Iniciativa
– Servir de modelo positivo
– Trabalho duro
– Consistência
– Estabilidade
– Paciência
– Perseverança
– Empatia e Compaixão
– Respeitabilidade
Convenhamos, um narcisista possui qualquer um desses traços?
Antes de tudo, aos narcisistas falta maturidade. Conforme mencionado acima, pessoas que estão casadas com um narcisista percebem que o seu cônjuge é o filho mais difícil que elas têm. Não só o seu parceiro é incapaz de criar filhos, como também ele precisa ser cuidado como um filho grande. E o fato é que, por mais que o cônjuge não narcisista tente, jamais conseguirá conduzi-lo à plena maturidade.
Perceba que quando você co-educa (a propósito, termo inadequado nesse contexto) com um narcisista, você está trabalhando junto com um adulto que não é suficientemente maduro para criar filhos. Se você entender isso, você estará melhor equipado para continuar. Viver na realidade é sempre melhor do que viver com a falsa crença de que a outra pessoa vai mudar.
Em vez de possuir traços que beneficiarão as crianças que precisam de educação, os narcisistas estacionam num nível inferior de desenvolvimento – frequentemente agindo como uma criança pequena. Isso os torna incapazes de educar filhos de forma responsável. De fato, muitos pais narcisistas competem com seus próprios filhos biológicos – uma das consequências negativas de se ter um progenitor narcisista.
O que você pode fazer se você é o não narcisista da dupla?
Resposta: Mude o seu diálogo interior.
Você pode mudar tudo repetindo mentalmente um simples mantra: “Eu sou o único progenitor que meus filhos têm.” Essa afirmação vai lhe poupar de desperdiçar anos de sua vida se frustrando. Tendo consciência dessa realidade, você se livra das seguintes armadilhas montadas quando o outro progenitor na vida de seus filhos é um narcisista:
  • Esperar anos, até décadas para que o outro progenitor assuma responsabilidade
  • Sentir-se constantemente frustrado/a com as ações e inações do outro progenitor
  • Acumular ressentimentos após incontáveis experiências de expectativas não realizadas
Ao aceitar que o narcisista na realidade não passa de uma criança subdesenvolvida e portadora de um distúrbio, de repente uma luz se acende e você percebe de fato com o que você esteve lidando há tanto tempo.
Depois que você se dá conta da situação, você consegue se ocupar com o resto de sua vida.
Tentar constantemente fazer com que o outro “veja” ou mude é no mínimo infrutífero. O pior é que a frustração diária leva a um infindável estado de estresse. Em vez de viver com este pesadelo, faça uma escolha consciente de aceitar seu papel único na vida de seus filhos, desfrute deste papel, e pare de malhar em ferro frio.

MÃES NARCISISTAS – A REALIDADE DA VILANIA CLÁSSICA



Você já se perguntou o torna a madrasta de Cinderela, a madrasta de Branca de Neve e a mãe adotiva de Rapunzel tão más? Essas são personagens vilãs clássicas de contos de fada exatamente porque seus instintos maternais são o oposto dos instintos naturais de uma mãe acolhedora. A madrasta da Cinderela, por exemplo, é uma progenitora narcisista que gosta de humilhar e negligencia e critica a filha depois que Cinderela sofreu o trauma de perder o pai. A madrasta de Branca de Neve é vilã também – uma progenitora narcisista e cruel, obcecada em comparar sua beleza com a beleza de sua filha, e ao descobrir que a filha é mais bonita traça um plano para matá-la. A mãe adotiva de Rapunzel é uma narcisista tipo helicóptero, que isolou a filha do mundo, mentiu a respeito no seu nascimento, exigiu lealdade, e insistiu em sempre estar com a razão.

Relacionamento Mãe/Filha
Essas histórias dão bons enredos de filmes, mas na vida real não são nada divertidas. As versões literais podem até combinar os três tipos de mães citadas acima. O impacto de uma mãe narcisista assim no seu filho é forte e traumático para ambos os gêneros, mas as filhas dessas mães sempre recebem o pior do impacto. Mães narcisistas competem com suas filhas por elas terem pele mais jovem, oportunidades melhores, e silhuetas mais magras. Mães acolhedoras, ao contrário, se entusiasmam com as possibilidades do futuro de suas filhas e procuram incentivar e nutrir um relacionamento saudável com elas.

Uma Narcisista Grávida
Uma mulher grávida recebe naturalmente muita atenção de amigos, familiares e até de estranhos. A própria gravidez traz sentimentos de esperança, expectativa e positividade para aqueles que testemunham uma parte dela. Isso alimenta instantaneamente o ego narcisista, abalado devido às mudanças físicas na aparência. No entanto, depois que o bebê nasce e a atenção se volta para a criança, a mãe narcisista fica com inveja do recém-nascido. Na tentativa de manter o controle da atenção, uma narcisista ou se afasta da criança ou gruda nela. Agora pode satisfazer sua necessidade de atenção, mas a criança já está sofrendo as consequências das atitudes da mãe.

Primeiro estágio de desenvolvimento
Segundo os Oito Estágios de Desenvolvimento Psicossocial de Erik Erikson, no primeiro estágio uma criança aprende a confiar ou não no seu cuidador. A confiança engendra esperança e fé numa criança ao passo que a falta de confiança cultiva suspeita e medo. Nas mãos de uma mãe narcisista neste estágio podem acontecer versões mais extremas de uma forma negativa de crescimento. A confiança se traduz em fixação na mãe e a falta de confiança se converte em paranoia ou pânico. Ambos casos incentivam o desenvolvimento da ansiedade numa criança que tenta inconscientemente manter ou ganhar amor da mãe.

Mãe Helicóptero
A mãe que engendra confiança exclusiva na criança é uma progenitora helicóptero. Aos olhos dos outros, esta mãe parece ser perfeita, dedicada, envolvida em todos os aspectos da vida da criança. No entanto, o que os outros não veem é que esta mãe não permite que a criança tome por si mesma a menor decisão e assim sequestra completamente o desenvolvimento crucial de autonomia e de iniciativa. A criança se transforma na extensão física da identidade da mãe e se torna incapaz de se separar como indivíduo. Em troca da sua dedicação e lealdade à criança, a mãe espera que a criança a adore, alimentando assim sua necessidade narcisista de admiração. Outros veem a “criança perfeita” e reverenciam a mãe por suas excelentes habilidades como educadora, mas deixam de ver completamente o preço que esta criança está pagando e a influência fatal no seu desenvolvimento.

Uma mãe narcisista geralmente produz um ou outro tipo de criança: a criança que se torna um adulto muito mais maduro do que sua idade, ou o adulto constantemente dependente dos outros para sua sobrevivência e que se sente com o direito de receber constante atenção dos outros. É triste que as duas variações vão exigir terapia por ter tido essa personalidade assustadora como mãe, mas a recuperação não é tão impossível como parece.

Por Christine Hammond, tradução livre de Júlia Bárány