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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

14 SINAIS DE QUE VOCÊ É VITIMA DE ABUSO PSICOLÓGICO - O GASLIGHTING


VOCÊ SÓ PODE ESTAR LOUCA, ISSO NUNCA ACONTECEUCUIDADO, VOCÊ ESTÁ DESCONTROLADAISSO É COISA DA SUA CABEÇA
Se o seu companheiro fala com frequência uma dessas frases ou coisas semelhantes, se você duvida da sua percepção diante dos fatos e da sua sanidade mental, cuidado, você pode estar sendo vítima de abuso emocional, também conhecido como gaslighting.
Gaslighting é uma forma de abuso psicológico no qual informações são distorcidas, seletivamente omitidas para favorecer o abusador ou simplesmente inventadas com a intenção de fazer a vítima duvidar de sua própria memória, percepção e sanidade. O termo vem de 1938, da peça Gas Light, em que um marido tenta deixar sua mulher louca diminuindo todas as luzes (que funcionavam a gás) da sua casa e então negando que a luz tenha mudado quando a sua esposa aponta a diferença. É uma forma muito eficaz de abuso emocional que faz com que a vítima questione seus próprios sentimentos, instintos e sanidade, o que dá ao parceiro abusivo muito poder. Uma vez que o parceiro abusivo tenha conseguido fazer a vítima perder a habilidade de confiar em suas próprias percepções, passa a ser muito mais provável que ela permaneça no relacionamento abusivo.
Geralmente, o abuso emocional acontece de forma gradual e sem que a vítima perceba. Com o passar do tempo, esses padrões abusivos aumentam, fazendo com que a vítima se torne cada vez mais dependente da relação e muitas vezes se isole de amigos e familiares. O abusador utiliza de técnicas que vão desde a negação dos fatos, como “eu não quero ouvir de novo” ou “nada disso aconteceu”, passando pela banalização dos sentimentos da vítima “nossa, como você é exagerada” e “não é motivo para tanto”. O gaslighting tem consequências desastrosas na vida da pessoa abusada e podem gerar problemas sérios como depressão, isolamento, ansiedade e confusão mental.
Segundo o grupo Livre de Abuso – criado para ajudar, orientar e acolher vítimas de vários tipos de abuso – para superar o gaslighting, é importante começar a reconhecer os sinais e eventualmente aprender a confiar em si mesma de novo. De acordo com o autor e psicanalista Robin Stern, os sinais de que você está sendo vítima de gaslighting incluem:
  1. Você duvida de si mesma constantemente.
  2. Você se pergunta “Eu sou sensível demais?” várias vezes ao dia.
  3. Você constantemente se sente confusa ou até mesmo maluca.
  4. Você está sempre pedindo desculpas ao seu parceiro.
  5. Você não entende por que, com tantas coisas aparentemente boas na sua vida, você não está mais feliz.
  6. Você frequentemente cria desculpas para justificar o comportamento do seu parceiro para seus amigos e sua família (ou até para si mesma).
  7. Você começa a esconder informações dos seus amigos e da sua família para que não tenha que explicá-las ou inventar desculpas.
  8. Você sabe que algo está muito errado, mas nunca consegue expressar exatamente o que, nem para si mesma.
  9. Você começa a mentir para evitar as distorções da realidade e ser posta para baixo.
  10. Você tem dificuldade para tomar decisões fáceis.
  11. Você sente que costumava ser uma pessoa muito diferente – mais confiante, mais divertida e mais relaxada.
  12. Você se sente desesperançosa e desanimada.
  13. Você sente que não consegue fazer nada certo.
  14. Você se pergunta se é uma parceira “boa o suficiente”.

Por:  Fernanda Vicente no Ondda
Fonte: https://www.geledes.org.br/14-sinais-de-que-voce-e-vitima-de-abuso-psicologico-o-gaslighting/?fbclid=IwAR2elg7E3k06vijYtu3GzIiz0PEiLwcY4iESAz7kBUN_IYk0rFcWOGdTPo8

domingo, 3 de fevereiro de 2019

5 RAZÕES PELAS QUAIS AS PESSOAS FORTES ATRAEM RELACIONAMENTOS DIFÍCEIS

Você pode pensar que uma pessoa forte tem pouca dificuldade em encontrar um ótimo relacionamento. Mas na verdade, parece que as pessoas fortes têm mais dificuldade em romance do que as outros.
Qual é o problema?
Psicólogos e especialistas em relacionamento têm alguns insights sobre esse tema. Abaixo estão quatro deles.

1.Pessoas fortes têm o que todos querem, mas poucos podem oferecer

Pessoas fortes têm confiança, autoconsciência e inteligência emocional. Estas são todas qualidades muito atraentes – especialmente a pessoas que não as possuem. Isso transforma uma pessoa forte em um ímã para o tipo carente, com tudo a ganhar e nada a oferecer.
Isso é problemático porque a raiz de todo relacionamento sólido é a reciprocidade. Cada pessoa deve ser capaz de fornecer algo que o outro quer. Se os benefícios só fluem de um lado, o ‘doador’ no relacionamento acaba se sentindo mais ‘valorizado’ do que ‘amado’.
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2.Pessoas fortes muitas vezes desenvolvem a sua força através de experiências traumáticas na infância

Todos nós tendemos a procurar – e sermos procurados – pelas pessoas que nos lembram dos nossos primeiros cuidadores. Isso é desastroso para uma pessoa forte que construiu a sua força em resposta ao abuso na infância.
De acordo com psicólogos, essas pessoas têm uma compulsão à repetir seus traumas ao encontrarem parceiros que podem desencadeá-lo. É a sua forma de tentar enfrentá-lo. Claro que isto é muito difícil, principalmente porque muitas pessoas são mais focadas em encontrarem proximidade do que amor.

3.Pessoas fortes (particularmente mulheres) são ímãs para psicopatas

5-razoes-pelas-quais-as-pessoas3Parece estranho. Mas de acordo com Donna Andersen, fundadora da LoveFraud, um site sobre psicopatas e namoro, é totalmente verdadeiro.
“O fato de uma mulher ativa, ambiciosa e com um trabalho poderoso se envolver com um psicopata é surpreendente para as pessoas, mas essas são as mulheres pelas quais os homens ‘normais’ são intimidados e não se aproximam”, ela diz.
Lembre-se, uma pessoa forte e um psicopata têm algumas coisas importantes em comum. Ambas são inteligentes, confiantes e calculadas. A diferença, claro, é que um psicopata não tem respeito por emoções.

4.Pessoas fortes superestimam sua capacidade de mudar os outros

Uma pessoa forte dá chances aos indivíduos. Claro, isso as torna muito populares com os indivíduos vistos como “deploráveis”. Em última análise, porém, isso geralmente leva à frustração para ambos os indivíduos; só porque alguém é forte não significa que sabe tudo sobre a vida.

5.Às vezes, relacionamentos difíceis contêm lições que fazem o esforço valer a pena

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A verdade é que, às vezes uma pessoa forte só precisa estar em um relacionamento difícil. Talvez o universo quer que essas pessoas ajudem os seus parceiros a avançarem. Talvez elas precisem aprender sobre humildade. Talvez essa relação irá torná-las ainda mais fortes a longo prazo.
As possibilidades são infinitas.
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Traduzido pela equipe de O Segredo – Fonte: David Wolfe

OS GRAUS DA PSICOPATIA

Há diferentes graus de psicopatia: de mais leve, como pequenos delitos e mentiras recorrentes, ao mais grave, que seriam os assassinatos e grandes golpes financeiros.

Quando se menciona a palavra psicopata a primeira imagem que vem à mente é a do serial killer, o assassino em série tantas vezes retratado no cinema e que, vez ou outra, assombra a vida real em alguma cidade do mundo. Mas o perigo pode estar muito mais próximo do que se imagina. Segundo a classificação americana de transtornos mentais, a psicopatia, termo popular para transtorno de personalidade antissocial, atinge cerca de 4% da população mundial (3% de homens e 1% de mulheres). 

Há diferentes graus de psicopatia: de mais leve, como pequenos delitos e mentiras recorrentes, ao mais grave, que seriam os assassinatos e grandes golpes financeiros. Segundo os estudiosos da mente humana, as pessoas com perfil psicopático estão espalhadas na vida cotidiana, no trabalho, nas relações sociais, na família. O desafio é identificá-las.

No livro "Mentes Perigosas - o psicopata mora ao lado" (Editora Fontanar), que figura há semanas entre os mais vendidos, a psiquiatra e autora Ana Beatriz Barbosa Silva alerta os desavisados que reconhecer um psicopata não é uma tarefa tão fácil quanto se imagina. "Em casos extremos, os psicopatas matam a sangue-frio, com requintes de crueldade, sem medo e sem arrependimento. Porém, os psicopatas, em sua grande maioria, não são assassinos e vivem como se fossem pessoas comuns".

Personalidade antissocial
Os psicopatas enganam e representam muitíssimo bem, diz Ana Beatriz. "São pessoas frias, manipuladoras, insensíveis, transgressoras de regras sociais, sem consciência e desprovidas de sentimento de compaixão ou culpa. Estão por aí, misturados conosco, incógnitos, infiltrados em todos os setores sociais. São homens, mulheres, de qualquer raça, credo ou nível social. Trabalham, estudam, fazem carreiras, se casam, têm filhos, mas definitivamente não são como a maioria da população: aquelas a quem chamaríamos de "pessoas do bem". Eles podem arruinar empresas e famílias, provocar intrigas, destruir sonhos, mas não matam. E, exatamente por isso, permanecem por muito tempo ou até uma vida inteira sem serem descobertos ou diagnosticados".


Sedutores, mentirosos, manipuladores

Ana Beatriz afirma que eles podem ser charmosos, eloquentes, inteligentes, sedutores e costumam não levantar a menor suspeita de quem realmente são. "Visam apenas ao benefício próprio, almejam o poder e o status, engordam ilicitamente suas contas bancárias, são mentirosos contumazes, parasitas, chefes tiranos, pedófilos, líderes natos da maldade".  Como não tem alucinações ou delírios, superficialmente, um psicopata pode parecer um sujeito normal. Mas, ao conhecê-lo melhor, as pessoas notarão que ele é um indivíduo problemático em diversos aspectos da vida. Se é flagrado fazendo algo errado, por exemplo, tenta convencer todo mundo de que está sendo mal interpretado.



Um desafio para a psiquiatria
O psiquiatra Joel Rennó Jr - diretor do ProMulher- Programa Saúde Mental da Mulher do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas e integrante do Hospital Israelita Albert Einstein - explica que o conceito atual de psicopatia refere-se a um transtorno caracterizado por atos antissociais contínuos (sem ser sinônimo de criminalidade) e, principalmente, por uma inabilidade de seguir normas sociais em muitos aspectos do desenvolvimento da adolescência e da vida adulta. "Os portadores deste transtorno não apresentam nenhum sinal de anormalidade mental (alucinações, delírios, ansiedade excessiva), o que torna o reconhecimento desta condição muito difícil".

Ele esclarece que os transtornos de personalidade (TP) não são propriamente doenças, mas anomalias do desenvolvimento psíquico, sendo considerados, em psiquiatria forense, como perturbação da saúde mental. "Os transtornos de personalidade, sobretudo o tipo antissocial, representam verdadeiros desafios para a psiquiatria. Não tanto pela dificuldade em identificá-los e diagnosticá-los, mas, sim, para auxiliar a Justiça sobre o lugar mais adequado desses pacientes e como tratá-los. Os indivíduos portadores desse tipo de transtorno podem ser vistos pelos leigos como pessoas problemáticas e de difícil relacionamento interpessoal. São improdutivos quando considerado o histórico de suas vidas e acabam por não conseguir se estabelecer. O comportamento é muitas vezes turbulento, as atitudes incoerentes e pautadas por um imediatismo de satisfação".

Esse tipo de transtorno específico de personalidade é marcado por uma insensibilidade aos sentimentos alheios - diz. Quando o grau dessa insensibilidade se apresenta elevado, levando o indivíduo a uma acentuada indiferença afetiva, ele pode adotar um comportamento criminal recorrente e o quadro clínico assume o feitio de psicopatia.

Joel Rennó enfatiza,entretanto, que não se deve rotular as pessoas. "Quando notamos comportamentos estranhos, devemos sempre buscar um médico psiquiatra, pois só ele pode dar o diagnóstico. Esse diagnóstico não é simples, existem escalas específicas, testes, exames clínicos importantes e fundamentais no diagnóstico. É um erro as pessoas acharem que a presença de uma ou outra característica indica um quadro de psicopatia".

Sinais nas crianças
Criador dos critérios hoje aceitos universalmente para diagnosticar os portadores desse transtorno de personalidade, o psicólogo canadense Robert Hare afirma que ninguém nasce psicopata, mas com tendências para a psicopatia. "Não há como dizer se uma criança se tornará um adulto psicopata. Mas se ela age de modo cruel com outras crianças e animais, mente olhando nos olhos e não tem remorso, isso sinaliza um comportamento problemático no futuro".

Robert Hare diz que o ambiente tem um grande peso, mas não mais do que a genética. Na verdade, ambos atuam em conjunto. "Os pais podem colaborar para o desenvolvimento da psicopatia tratando mal os filhos. Mas uma boa educação está longe de ser uma garantia de que o problema não aparecerá lá na frente, visto que os traços de personalidade podem ser atenuados, mas não apagados. O que um ambiente com influências positivas proporciona é um melhor gerenciamento dos riscos".



Celebrizados na vida real
Nero, Atila, Adolf Hitler, Stalin, Sadan Hussein, Suzane von Richthofen e Guilherme de Pádua. Nenhum deles passou por testes psiquiátricos para medir uma possível psicopatia, mas...









No cinema: Entre os psicopatas mais famosos do cinema estão - claro! -  Hannibal Lecter, de O Silêncio dos Inocentes; Norman Bates, de Psicose; Mickey e Mallory, o casal de Assassinos por Natureza;  Alex, de Laranja Mecânica, Jack Torrance, de O Iluminado e John Doe, de Seven.








Na tela da globo -A personagem Ivone, interpretada por Letícia Sabatella, é a mais recente, mas há outros psicopatas inesquecíveis das novelas brasileiras, que levantaram a audiência a cada maldade: Flora (a personagem de Patrícia Pillar em A Favorita), Bia Falcão (Fernanda Montenegro em Belíssima), Leôncio (Rubens de Falco em Escrava Isaura), Fátima (Glória Pires, em Vale Tudo), Nazaré (Renata Sorah, em Senhora do Destino). No caso de Flora, a psiquiatra Ana Beatriz diz que ela alcançou o olhar legítimo do psicopata, da falta de sentimento. "Inclina levemente o rosto para baixo e ergue sutilmente os olhos, como um predador".:

UM ESTUDO PODE TER REVELADO COMO ALGUÉM SE TORNA UM PSICOPATA

Um psicopata é alguém que sofre de um distúrbio mental crônico, que tende a ter um comportamento social fora do comum e violento. Normalmente, são pessoas apáticas e que possuem forte tendência a manipulação de pessoas e situações. Não costumam demonstrar remorsos por suas ações.
A Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia realizou um estudo onde entrevistou presos em penitenciárias de segurança máxima em busca de esclarecimentos sobre o que levava alguém a alterar seu comportamento. Desvios que esses que acabariam os tornando verdadeiros criminosos.

O estudo

O estudo revelou que duas circunstâncias estavam ligadas a crianças que se tornaram psicopatas ou criminosos quando adultos. Muitos dos entrevistados tinham pais autoritários e controladores ou pais completamente negligentes.
Outro fator revelado nos estudos foram os abusos físicos e psicológicos sofridos pelos entrevistados durante a infância. A Dra. Aina Gullhaugenm, autora do estudo, comentou: "Sem exceções, essas pessoas foram feridas na companhia de seus cuidadores. Muitas descrições revelaram que a crueldade posterior é uma válvula de escape para lidar com os traumas. Porém, de maneira inadequada e ruim."
Aina segue explicando que "se você pensar em uma escala dos cuidados da família, que vai do completo nada, até pais totalmente obsessivos, a maioria está no meio. E o mesmo se aplica sobre a maneira como os enxergamos. Em uma escala onde os pais simplesmente não se importam ao total controle, a maioria de nós temos pais no meio. O que é diferente para os psicopatas."
A maioria deles teria convivido com situações onde seus pais estariam em alguma parte extrema dessas mesmas escalas. "Ou eles viviam em uma situação onde ninguém se importava, total negligência, ou, a criança vive sob intenso controle, e deve ser submissa." afirmou Gullhaugenm.
Por outro lado, os pais não podem ser culpabilizados por tudo. Pois, há aqueles que passam por uma educação questionável ou até mesmo negligente, e não se tornam criminosos. "É claro que nem todo mal comportamento é explicado por uma má educação. Mas também não herdamos tudo. Esse é meu ponto de vista." afirmou a pesquisadora.

PERSONALIDADE PARANÓIDE, ESQUIZÓIDE OU ESQUIZOTÍPICA

Não se fala muito sobre os transtornos de personalidade paranoide, esquizoide e esquizotípica. O que os diferencia e quais as características comuns? Saiba mais sobre o tema neste artigo.

Isolados, frios, solitários e esquisitos: essa costuma ser a visão de quem convive com pessoas que possuem um transtorno de personalidade paranoide, esquizoide ou esquizotípica.
Os três possuem características semelhantes, e podem indicar a evolução para um quadro de esquizofrenia. Pessoas que sofrem de algum deles frequentemente são compreendidas em seus núcleos sociais como estranhas e, por sua natureza, tendem a ter dificuldades em se relacionar. Uma das grandes barreiras é justamente a desconfiança que têm, e o medo de estar sendo alvo de ações que possam lhe prejudicar.
A seguir, os detalhes de cada personalidade, baseando-nos nas manifestações mais recorrentes em cada transtorno. Confira! Quem explica melhor é a psicóloga Maitê Hammoud.
Transtorno da personalidade paranoide
A característica mais marcante neste transtorno é a desconfiança. Afeta a todos aqueles que fazem parte da vida de quem tem a desordem, que acaba por suspeitar sempre de intenções malévolas. A pessoa vive constantemente em alerta, por acreditar que poderá ser alvo de algo ruim. Esse estado se mantém mesmo na presença de pessoas que não oferecem qualquer tipo de risco, ou ainda que não possuam vínculos diretos com o paranoide.
As queixas são recorrentes, há dificuldades nos relacionamentos e costumam ser notados por sua hostilidade, por reagir impulsivamente e de modo agressivo devido à sensação de estar sob ameaça. São frequentes:
  • suspeitas de estar sendo explorado ou enganado, sem fundamentos reais ou aparentes;
  • preocupação e dúvidas excessivas sobre a lealdade de amigos, sócios, familiares e cônjuges (quando possui um relacionamento afetivo), fazendo esforços frenéticos para detectar traições;
  • problemas para confiar em outras pessoas, temendo que, ao se expor a alguém, possa fornecer informações que sejam usadas contra si de alguma forma. Por esta razão, quando questionados sobre algo, costumam responder que "isso não é da conta de ninguém", mesmo que o conteúdo do questionamento seja inofensivo;
  • tendências a perceber significados ocultos e ameaçadores em falas ou comportamentos neutros, ou até mesmo bem intencionados. Por exemplo, ao ser presenteado sem razões que justifiquem o ato, o gesto é interpretado como mal intencionado, podendo possuir duplo sentido;
  • interpretações errôneas dos elogios, associando-os à uma tentativa de reparação. Costuma ainda encarar os erros de outras pessoas como tentativas deliberadas para a prejudicar;
  • atitudes rancorosas, ruminando memórias em que se sentiu lesado, reforçando e justificando razões para sua desconfiança sem limites;
  • posturas agressivas, inflexivas e irredutíveis, por sentir que pode ser atacado a qualquer momento. Reações desproporcionais em situações que são neutras.
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Transtorno de personalidade esquizoide
Pessoas que possuem este transtorno de personalidade chamam atenção por seu padrão de distanciamento e repertório restrito no que se diz respeito à expressão de emoções em relações interpessoais. Frequentemente:
  • não desfrutam de relações íntimas, inclusive de sentirem-se integrantes de uma família. Costumam estar sempre isolados, protegendo-se de qualquer interação que possa ocorrer, independentemente do tipo de relação;
  • quando pode escolher, sempre opta por atividades solitárias, seja na realização de trabalhos, na escolha de uma atividade física ou de um passatempo;
  • não costuma manifestar interesse em ter relações sexuais com outra pessoa;
  • não costuma manifestar prazer ou interesse em qualquer atividade.
São pessoas extremamente solitárias, que não costumam ter amigos ou parceiros. Suas relações normalmente estão restritas a parentes de primeiro a grau. Quem tem personalidade esquizoide sente-se indiferente a críticas ou elogios, e acabam sendo vistos pelos que fazem parte de seu entorno como alguém apático. Aliás, chamam a atenção pela frieza emocional e ausência de empatia.
Transtorno de personalidade esquizotípica
Este transtorno é marcado, principalmente, por déficit social e interpessoal, em que há uma reduzida capacidade de se relacionar. Podemos mencionar como principais características:
  • crenças estranhas ou pensamentos mágicos: superstições, telepatia, clarividência, sexto sentido, entre outros. Por isso, a pessoa pode acreditar que alguém fez algo do cotidiano como consequência de um pensamento seu, sentindo poder no controle das pessoas ao seu redor pela força de seus pensamentos. Ou então realizar de forma sistemática algum comportamento supersticioso, como bater três vezes na madeira, para garantir que algo de ruim não aconteça;
  • experiências perceptivas incomuns, incluindo ilusões corporais. Podem sentir a presença de alguém que não está presente, ouvir vozes murmurando, entre outras sensações;
  • pensamentos e discursos estranhos, dificultando a compreensão de terceiros. É um sinal que deixa evidente que há algo de errado com aquela pessoa: os discursos podem variar de vagos e circunstanciais a excessivamente elaborados ou estereotipados, mas, de maneira geral, são de difícil compreensão, por serem desconexos ou por não manter qualquer relação com o momento presente;
  • desconfiança e pensamentos persecutórios contribuindo para todo e qualquer tipo de fantasia que normalmente leva a crença de que colegas de trabalho podem estar tramando algo contra si, de que alguém na rua o está seguindo, entre outros;
  • comportamento e aparência estranha ou excêntrica, especialmente o que se refere à vestimenta. Costumam ser desleixadas, usando roupas manchadas, rasgadas ou se vestindo de maneira inapropriada para ocasião. Podem, ainda, se vestir sem qualquer tipo de combinação ou harmonia de peças e cores. É um aspecto que faz com que as pessoas que sofrem deste transtorno de personalidade não passem despercebidas.
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Pessoas esquizotípicas não possuem amigos, em função de suas características peculiares e da desconfiança exacerbada. Em casos assim, a ansiedade social excessiva vem acompanhada de pensamentos com julgamentos negativos sobre si mesmo.
Se expostas a algum lugar em que se sintam desconfortáveis pela presença de outras pessoas, por exemplo, diferente do que acontece com a maioria, que sente o nível de ansiedade diminuir ao se acostumar com o local, o esquizotípico tem uma reação contrária: sua ansiedade tende a aumentar em função da desconfiança relacionada à sua permanência naquele local (sequestros, golpes, entre outros).
Tratando os transtornos de personalidades paranoide, esquizoide e esquizotípica
Estes transtornos de personalidade podem ser a porta para um quadro de esquizofrenia. As manifestações dos traços dessas personalidades podem começar na infância e adolescência, mas, para a maioria de seus portadores, costumam se evidenciar no início da vida adulta.
Percebendo alguns dos sintomas citados anteriormente ou se identificando com o conteúdo dos pensamentos que marcam essas desordens, é indicado que seja feita a busca por avaliação médica do psiquiatra de maneira preventiva e necessária.
O tratamento pode requerer suporte medicamentoso, otimizando a saúde e qualidade de vida das pessoas que sofrem de algum desses transtornos. A terapia ocupacional costuma oferecer bons resultados para esses pacientes, otimizando sua capacidade social, cognitiva e expressiva.
Fotos: por MundoPsicologos.com

TRANSTORNOS EXPLOSIVOS INTERMITENTE: RAIVA SEM LIMITES

Pessoas explosivas, que de um momento a outro reagem com agressividade: conhece alguém assim? Cuidado, pode ser muito mais que ataque de raiva; pode ser transtorno explosivo intermitente.

Existem pessoas altamente explosivas e, para elas, basta a presença de pequenos estímulos para responderem com raiva e agressividade, uma mudança intensa do humor que se concretiza em frações de segundos. Isso faz com que todos os que estão ao redor se sintam amedrontados.
Estes rompantes de raiva têm nome: transtorno explosivo intermitente (TEI). Entenda mais a seguir, com os comentários de Maitê Hammoud.
O que é o transtorno explosivo intermitente (TEI)?
Pessoas que possuem TEI sofrem com sua incapacidade de gerenciar impulsos agressivos. A resultante é ataques de fúria desproporcionais ao estímulo que desencadeia as emoções.
Quem convive com pessoas assim, frequentemente associa a imagem da pessoa que tem transtorno explosivo intermitente à de um vulcão: tudo parece estar tranquilo, sem riscos de uma erupção, até que são surpreendidas com uma explosão de agressividade. Por isso, tendem a viver apreensivas temendo os prejuízos.
Quais as características mais marcantes do TEI?
As características mais marcantes do transtorno costumam se manifestar através de:
  • explosões de raiva de diferentes graus.
  • manifestações agressivas desproporcionais à provocação recebida. Muitas vezes, para os que presenciam a explosão, o estímulo é pouco importante, ou mesmo neutro.
  • reações impulsivas e sem caráter premeditado. Também não há qualquer intenção de intimidar, buscar por poder, conseguir dinheiro, etc.
  • os ataques agressivos não são decorrentes de substâncias como álcool e drogas, nem estão associados a condições psicológicas como transtornos de humor ou de personalidade (depressão, borderline, etc.). Tampouco há relações com quadros médicos, como traumatismo craniano, Alzheimer, entre outros.
Quem tem TEI também se surpreende com suas explosões, sentindo-se impotente por não conseguir controlar seus impulsos e impedir os ataques de raiva. Não deixam de sentir certa proximidade ao conceito do personagem "O incrível Hulk", dominado pela fúria e que sofre uma transformação, sem opção de escolha.
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Os níveis do transtorno explosivo intermitente (TEI)
As explosões de raiva e agressividade das pessoas que possuem TEI costumam ser classificadas em dois níveis diferentes:
  • Leves: envolvem ameaças, xingamentos, ofensas, gestos obscenos, lançamento de objetos e agressões físicas sem lesão corporal.
  • Severas: envolvem destruição de patrimônio ou propriedade e ataques físicos com lesão corporal.
O tratamento do transtorno explosivo intermitente (TEI)
Após a explosão, a pessoa que sofre de TEI experimenta emoções de culpa, tristeza, arrependimento e vergonha. São prejudicadas as esferas profissional, social e afetiva, afetando o convívio, o bem-estar, a qualidade de vida e, até mesmo, podendo acarretar complicações legais.
Aqueles que são expostos às explosões também sofrem com os efeitos de tamanha violência. Infelizmente, a falta de conhecimento sobre o assunto faz com que aqueles que estão presentes na vida de pessoas com TEI entendam o comportamento como um traço de personalidade de alguém mais estourado, mas a indicação de busca por tratamento é absolutamente necessária, tendo em vista a magnitude de prejuízos que as explosões podem causar para si e terceiros.
No Brasil, ao menos 3% da população sofre deste transtorno. Pesquisas indicam que, para cada três homens, uma mulher é acometida pelo TEI. A manifestação dos sintomas costuma ocorrer no final da infância e adolescência, porém é importante separar esses casos dos de respostas agressivas a um processo de adaptação (mudanças de escola, residência, país, etc.).
Na ausência de tratamento, as explosões tendem a continuar ao longo da vida adulta. A indicação de tratamento de TEI é multidisciplinar, contemplando acompanhamento psiquiátrico e psicológico. O suporte medicamentoso auxilia na estabilidade de humor e controle da impulsividade, enquanto a psicoterapia ajuda a reunir os recursos emocionais necessários para se expressar de forma mais assertiva diante de frustrações.
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5 perguntas ajudam a identificar o transtorno explosivo intermitente (TEI)
O termômetro para diferenciar um ataque de raiva comum do TEI é a frequência e intensidade do comportamento explosivo:
  1. Você tem explosões de raiva recorrentes?
  2. Você ou pessoas de sua confiança consideram seus comportamentos agressivos desproporcionais aos fatos que o desencadearam?
  3. Seus atos agressivos durante a explosão são impulsivos e sem premeditação?
  4. Após as explosões, você costuma sentir emoções incômodas, como vergonha, culpa ou arrependimento?
  5. Você costuma quebrar objetos de pouco ou muito valor nos momentos em que se sente agressivo?
Se essas perguntas fazem sentido para você ou para alguém que você conhece, não deixe de procurar um médico psiquiatra ou psicólogo para uma avaliação. É fundamental para confirmar se há a necessidade de tratamento.
Fotos: por MundoPsicologos.com

PSICOPATAS: UMA MENTE FRIA E CALCULISTA

Quais são as características que determinam um psicopata? Você também pensa que se trata de pessoas má-encaradas, com perfil de assassino? Veja a seguir onde está se equivocando.

Quando pensamos em psicopatia, logo nos vem à mente um sujeito com cara de mau, aparência descuidada, pinta de assassino e desvios comportamentais tão óbvios que poderíamos reconhecê-lo sem pestanejar. Esta imagem, entretanto, se trata de um grande equívoco! É o que comenta a psicóloga Maitê Hammoud neste artigo.
Embora não possuam empatia, representam muito bem, sendo extremamente sedutores e cativantes. Seu raciocínio é frio e calculista, combinado com uma total incapacidade de tratar as outras pessoas como seres humanos pensantes e com sentimentos.
Além de psicopatas, eles também recebem outras denominações como: sociopatas, personalidades antissociais, personalidades psicopáticas, personalidades dissociais e personalidades amorais.
De onde vem a psicopatia?
A psicopatia é um transtorno de personalidade e a origem do termo significa literalmente doença da mente (do grego psyche = mente; e pathos = doença).
Os psicopatas não são considerados loucos nem apresentam algum tipo de desorientação. Em geral, são indivíduos frios, calculistas, inescrupulosos, dissimulados, mentirosos, sedutores e que visam apenas o próprio benefício, possuindo níveis variados de gravidade: leve, moderado e grave.
São incapazes de estabelecer vínculos afetivos ou de se colocarem no lugar do outro, sendo desprovidos de culpa ou remorso e, muitas vezes, revelam-se agressivos e violentos.
Destituídos do senso de responsabilidade ética, jamais experimentarão a inquietude mental ou o menor sentimento de culpa ou remorso por desapontar, magoar, enganar ou até mesmo tirar a vida de alguém.
Sua parte racional e cognitiva é perfeita e íntegra, por isso sabem perfeitamente o que estão fazendo. Quanto aos sentimentos, porém, são absolutamente deficitários, pobres e ausentes de afeto.
Tais características o fazem livres de constrangimentos ou julgamentos morais internos. Por isso, podem fazer o que quiserem, de acordo com seus impulsos destrutivos.
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15 características psicológicas e comportamentais dos psicopatas
Como qualquer transtorno psicológico, há uma série de características que ajudam a conformar a personalidade das pessoas que sofrem de psicopatia:
  1. São espirituosos e muito bem articulados, com uma conversa divertida e agradável. Contam histórias inusitadas e demonstram conhecimento em diversas áreas, tais como filosofia, arte, literatura, sociologia, poesia, medicina, psiquiatria, psicologia, legislação, entre outros. Utilizam termos técnicos, passando credibilidade.
  2. Possuem uma visão narcísica e supervalorizada de seus valores e importância.
  3. Tem mania de grandeza e fascínio pelo poder e controle sobre os outros.
  4. Demostram uma total e impressionante ausência de culpa em relação aos efeitos devastadores que suas atitudes provocam nas outras pessoas.
  5. A empatia não é um sentimento capaz de ser experimentado por um psicopata. Pessoas são mero objetos ou coisas que devem ser usadas sempre que necessário, para seu próprio prazer e benefício. Caso possuam laços com alguns membros mais próximos, como familiares ou cônjuges, certamente é pelo sentimento de possessividade e não por amor genuíno.
  6. Mentir, trapacear e manipular são talentos inatos.
  7. Pobreza emocional, evidenciada pela limitada variedade e intensidade se seus sentimentos. São incapazes de sentir certos tipos de sentimento, como amor, a compaixão e o respeito pelo outro.
  8. Impulsividade: visa sempre alcançar o prazer, a satisfação ou o alívio imediato em determinada situação, sem nenhum vestígio de culpa ou arrependimento. Busca sempre satisfação imediata dos seus próprios desejos, sem nenhuma preocupação com o futuro.
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  9. Autocontrole deficiente: possuem níveis de autocontrole extremamente reduzidos. São conhecidos como ''cabeça quente'' e ''pavio curto'' por sua tendência a responder às frustrações e às críticas com violência súbita, ameaças e desaforos. Eles facilmente se ofendem e se tornam violentos por trivialidades ou motivos banais. Apesar de a explosão de agressividade e a violência serem intensas, elas ocorrem em um curto espaço de tempo, após o qual os psicopatas voltam a se comportar como se nada tivesse ocorrido.
  10. Necessidade de excitação: buscam situações que possam mantê-los em um estado permanente de alta excitação. Apreciam viver no limite. Nessa busca desenfreada, muitas vezes envolvem-se em situações ilegais, agressões físicas, brigas, desacatos a autoridades, direção perigosa, uso de drogas, promiscuidade sexual, etc. Frequentemente mudam de residência e emprego na busca de novas situações que os excitem.
  11. Falta de responsabilidade: obrigações e compromissos não significam absolutamente nada. Sua incapacidade de serem responsáveis e confiáveis se estende para todas as áreas da sua vida.
  12. Problemas comportamentais precoces: desde pequenos dão sinais de sua estrutura de personalidade, seja com atos cruéis contra animais ou praticando bullying nas escolas.
  13. Comportamento transgressor: o comportamento transgressor e antissocial é uma constante na fase adulta. É incapaz de amar e nutrir o sentimento de empatia e jamais deixará de apresentar comportamentos antissociais; o que pode mudar é a forma de exercer suas atividades ilegais durante a vida (roubos, golpes, desvio de verba, estupro, sequestro, assassinato, etc).
  14. Não são necessariamente assassinos: em geral, estão envolvidos em transgressões sociais, como tráfico de drogas, corrupção, roubos assaltos à mão armada, estelionatos, fraudes no sistema financeiro, agressões físicas, violência no trânsito, etc.
  15. Desajustes em graus bem variáveis: alguns deles estudam com interesse, outros trabalham durante anos com sucesso, há aqueles que cometem delitos desde pequenos e ainda existem os que podem levar uma vida aparentemente integrada, mas, paralelamente, vivem executando crimes bárbaros.
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Falando sobre causas e prevalência da psicopatia
A psicopatia está presente em cerca de 4% da população. Não existe um consenso sobre a origem dessa estrutura de personalidade, porém, alguns autores utilizam a palavra sociopata por acreditarem que fatores sociais desfavoráveis são a causa da estrutura. Já outras correntes acreditam em fatores genéticos, biológicos e psicológicos como possíveis envolvidos na origem do transtorno, adotando o termo psicopata.
Especialistas atrelam a origem do transtorno à incapacidade de sentir e não de agir de maneira correta. Isso porque o sistema límbico em nosso cérebro é responsável por todas as nossas emoções (alegria, medo, raiva, tristeza, etc.). É a interconexão entre a emoção (sistema límbico) e a razão (lobos pré-frontais) que determina as decisões e os comportamentos socialmente adequados.
Vale citar que várias pesquisas conseguiram demonstrar que pessoas sem nenhum traço psicopático revelaram intensa atividade na amígdala e no lobo frontal quando estimuladas a se imaginarem cometendo atos imorais ou perversos. No entanto, quando os mesmos testes foram realizados num grupo de psicopatas criminosos, os resultados apontaram para uma resposta débil nos mesmos circuitos.
Se considerarmos que a amigdala é o nosso ''coração cerebral'', podemos considerar que os psicopatas são seres humanos sem ''coração mental''. O cérebro deles é gelado, tornando-os incapazes de sentirem emoções positivas como amor, amizade, consideração, etc. Sua amígdala deixa de transmitir de maneira correta as informações para que o lobo frontal possa desencadear ações ou comportamentos adequados.
Chegam menos informações ao sistema afetivo/límbico para que o centro executivo do cérebro (lobo frontal), o qual, sem dados emocionais, prepara um comportamento lógico, racional, mas desprovido de afeto.
Podemos, então, concluir que a psicopatia apresenta dois elementos causais fundamentais: uma disfunção neurobiológica e o conjunto de influências sociais e educativas que o psicopata recebe ao longo da vida.
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Evolução e tratamento da psicopatia
A psicopatia não tem cura, isso acontece por ser um transtorno de personalidade e não uma fase de alterações comportamentais momentâneas. Com raras exceções, as terapias biológicas (medicamentos) e as psicoterapias em geral se mostram ineficazes para a psicopatia.
Os psicopatas parecem estar inteiramente satisfeitos consigo mesmos e não apresentam constrangimentos morais nem sofrimentos emocionais, como depressão, ansiedade, culpas ou baixa autoestima, tornando-se impossível tratar um sofrimento inexistente. Porém, quando em grau leve e detectada ainda precocemente, a psicopatia pode, em alguns casos, ser modulada por meio de uma educação mais rigorosa.
Um ambiente familiar mais estruturado e com a vigilância constante em relação aos filhos ''problemáticos'' certamente não evita a psicopatia, mas pode inibir sua manifestação mais grave.
Fique atento a estes sinais em crianças e adolescentes para identificar a necessidade de ajuda de um psicólogo, tanto para receber orientações quanto para que seja estruturado um trabalho que possa ajudar a minimizar tais comportamentos e impedir que o quadro evolua:
  • mentiras recorrentes;
  • crueldade com animais, colegas ou irmãos;
  • condutas desafiadoras às figuras de autoridade;
  • impulsividade e irresponsabilidade;
  • baixa tolerância à frustração, com irritabilidade ou ataques de fúria;
  • tendência a culpar os outros pelos seus atos;
  • preocupação excessiva com seus próprios interesses;
  • insensibilidade ou frieza emocional;
  • ausência de culpa ou remorso;
  • falta de empatia;
  • ausência de constrangimento ou remorso quando pegos mentindo ou em flagrante;
  • dificuldade em manter amizades;
  • violação às regras sociais (atos de vandalismo, destruição de propriedades alheias ou danos a patrimônios);
  • participação em fraudes (falsificação de documentos), roubos ou assaltos;
  • sexualidade exacerbada, podendo forçar relações sexuais;
  • introdução precoce a drogas ou álcool.
    
       Fotos: por MundoPsicologos.com