"NÃO CASE COM A MORTE"
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segunda-feira, 9 de novembro de 2020
"NÃO CASE COM A MORTE"
VÁ EMBORA!!!!
Não insista em pessoas (amizades ou amores) que não fazem esforço nenhum para estar perto, para ouvir, para ligar e perguntar como você está, com um real interesse em sua vida.
Levante-se, pegue sua dignidade e vá embora! Sem reclamar, sem questionar o que é inquestionável, apenas vá embora e siga o seu caminho. Um dia você perceberá que as pessoas que acreditou que sempre estariam ao seu lado “não têm tempo”. Elas estarão ocupadas demais com a própria vida, as próprias escolhas e festas e histórias e trabalho, mas não terão tempo para você. Na verdade, não é nada disso, porque todo mundo precisa de um amigo, todo mundo precisa de um amor. A diferença é que não é mais você, nem o amigo que importa ou o amor que ela (essa pessoa) quer.
Vou dizer uma coisa que você detesta, mas sabe que é verdade: as pessoas têm, sim, tempo, é claro, mas escolhem gastar com outras pessoas. Isso é tão normal. Não deveria ser, mas é. E tudo bem. Não se culpe, não culpe o outro por não lhe dar mais a mesma atenção e cuidado que você ainda tem por ele.Mas lembre-se de que essa é a deixa: levante-se, pegue sua dignidade e vá embora. Vá embora! Sem reclamar, sem questionar o que é inquestionável, apenas vá embora e siga o seu caminho.Não insista em pessoas (amizades ou amores) que não fazem esforço nenhum para estar perto, para ouvir, para ligar e perguntar como você está, com um real interesse em sua vida. Não se demore em conversas que insistem em dizer sobre saudades, mas não diminuem as distâncias físicas.
Não fique onde não haja RECIPROCIDADE. Isso não significa que deve alimentar raiva ou mágoa. Significa que é a hora de você ser maduro o suficiente para se retirar, pois ali não há mais espaço para você. Porém, existem outros espaços incríveis aguardando a sua chegada.Se você está achando injusto que não recebe de alguém o mesmo afeto que dá, é porque já passou da hora de seguir em frente. Ninguém é obrigado. Nem você. Existe no mundo um bocado de gente precisando de carinho e atenção e com uma vontade imensa de retribuir. Preste atenção nessas pessoas, vá dividir com elas o seu melhor. Algumas amizades ficarão apenas na história, alguns amores serão apenas pontes para uma boa mudança em você. Aceite o que não depende só de você: vá embora!
Priorize o seu bem-estar e conserve o seu coração aquecido. Depois, priorize aqueles que estão ao seu lado porque ali querem permanecer. Dê valor às pessoas que não deixam que o tempo justifique suas ausências.
FAÇA UM FAVOR A SI MESMO: VÁ EMBORA!
quinta-feira, 5 de novembro de 2020
FIBTOMIALGIA: SINTOMAS E A SUA RELAÇÃO COM A DEPRESSÃO
FIBROMIALGIA
é uma síndrome de dor crônica relativamente comum e muito complexa. Seus sintomas clássicos são dores musculares e nas articulações, ambas generalizadas. Ela ocorre nos tecidos fibroso e muscular ao longo de todo o corpo.
Também é conhecida como SFM – Síndrome de Fibromialgia ou Síndrome de Joanina Dognini. A fibromialgia pode durar anos ou a vida inteira. É a segunda condição mais comum que afeta ossos e músculos, atrás apenas da artrite. No entanto, muitas vezes é mal diagnosticada e mal entendida.
Não há cura para fibromialgia. Mas uma combinação de medicação, exercício, controle do estresse e hábitos saudáveis pode aliviar seus sintomas o suficiente para que se possa viver uma vida normal e ativa.
A sua dor não está só na sua cabeça
É muito comum que pacientes dessa síndrome demorem a descobrir a doença. Também é comum perceberem que as pessoas e até mesmo alguns profissionais de saúde não acreditam nas dores existentes. Isso acontece porque a fibromialgia não gera uma lesão dos tecidos, ou seja, não há inflamação ou degeneração. Seus sintomas só podem ser vistos em exames muito específicos.
Na prática clínica, não há como provar que a pessoa está sentindo dor crônica, já que a reação corporal é muito diferente das reações encontradas em dores agudas. Estima-se que aproximadamente 3% dos brasileiros sofrem dessa condição no Brasil. A grande maioria (90%) são mulheres entre 30 e 50 anos. Das pessoas com fibromialgia, aproximadamente 20% também sofrem de ansiedade ou depressão, mesmo que essa conexão entre as doenças seja muitas vezes ignorada.
Não é possível indicar exatamente de onde surge a fibromialgia, entretanto, existem alguns fatores que são associados ao início da síndrome:
- Fator genético, já que a doença é muito recorrente em pessoas da mesma família;
- Eventos traumáticos físicos ou psicológicos;
- Infecções por vírus ou doenças autoimunes;
- Distúrbios do sono;
- Sedentarismo;
- Ansiedade;
- Depressão.
As dores da síndrome normalmente se iniciam em um ponto específico e vão se espalhando de forma crônica. Alguns fatores podem piorar as dores, como o excesso de esforço físico, estresse emocional, infecções, noites mal dormidas, traumas ou longas exposições à temperaturas muito baixas.
Quais os fatores de risco da doença?
Ainda que não se saibam as causas da fibromialgia, alguns fatores de risco facilitam o surgimento da doença. O primeiro deles é o sexo, já que a síndrome atinge 8 a 10 vezes mais mulheres do que homens. Além disso, o histórico familiar e doenças reumáticas também podem desencadear a patologia.
Quais são os sintomas da fibromialgia?
O principal sintoma da síndrome é a dor generalizada. Essa dor é normalmente descrita como uma dor de cansaço constante. Nem forte nem aguda, acontecendo em todo o corpo, com duração de pelo menos três meses.
Segundo estudos, essa dor acontece porque a estimulação repetida dos nervos faz com que o cérebro de pessoas com Fibromialgia se modifique. Esta mudança envolve um aumento anormal dos níveis de certas substâncias químicas que sinalizam dor (neurotransmissores). Além disso, os receptores de dor do cérebro parecem desenvolver uma espécie de memória da dor. Tornam-se mais sensíveis, o que significa que podem reagir exageradamente a sinais de dor.
Além disso, a fibromialgia apresenta sintomas como:
- Fadiga constante;
- Cansaço mesmo após dormir por longos períodos;
- Distúrbios do sono como a síndrome das pernas inquietas ou apneia;
- Dificuldades cognitivas: falta de concentração, lacunas de memória, problemas de linguagem e raciocínio prejudicado;
- Dores de cabeça;
- Cólicas e outros incômodos gastro;
- Picos de ansiedade;
- Vontade de isolar-se;
- Não sentir mais prazer em atividades agradáveis;
- Depressão.
>> Suspeita que tenha depressão? Faça o teste).
O diagnóstico da fibromialgia é essencialmente clínico. Exames laboratoriais e radiológicos são utilizados apenas para avaliar as condições gerais do paciente. Considerando que os sintomas de um paciente com fibromialgia são bastante semelhantes a outras doenças, é comum que o diagnóstico da síndrome seja mais lento e trabalhoso até que se confirme. Em alguns casos, o paciente é encaminhado para um reumatologista.
A história clínica e o exame físico cuidadoso são fundamentais para se chegar a um diagnóstico. A principal forma de realização desses exames é a partir da pressão com os dedos em 18 pontos específicos do corpo, como você pode ver na imagem abaixo.

Alguns tratamentos não-farmacológicos que tem funcionado em pessoas com a síndrome são: suporte psicológico, exercícios físicos de baixo impacto regulares, dieta balanceada e acupuntura. Se o tratamento for bem sucedido, haverá alívio da dor, melhoria da qualidade do sono, restabelecimento do equilíbrio emocional e melhorias no condicionamento físico, reduzindo a fadiga.
Fibromialgia e depressão
Devido às dores crônicas, é muito comum que a fibromialgia leve à anormalidades no sistema nervoso, mudando a forma com que os pacientes lidam com o estresse. A fadiga constante também gera isolamento de atividades, ansiedade, falta de energia, sentimentos de culpa e muitos outros sintomas que desencadeiam a depressão.
Pacientes que possuem depressão junto à fibromialgia geram um círculo vicioso, tendo maiores dificuldades no tratamento da doença, sentindo mais dores e agravando todo o processo. Seguir um tratamento adequado da fibromialgia junto com o tratamento da depressão é fundamental para que a síndrome seja controlada.
A terapia cognitivo comportamental (TCC) é uma boa forma de trabalhar os sintomas da fibromialgia e da depressão em conjunto. Essa abordagem leva principalmente em conta a forma como cada um age perante os acontecimentos do dia a dia, assim é possível entender e modificar as emoções e o modo de agir do paciente. Na Fibromialgia, a TCC auxilia o paciente a entender e interpretar melhor suas atitudes frente à dor e demais sintomas para enfrentá-los de forma eficiente.
Como conviver com a fibromialgia?
Apesar de ser uma doença bastante incômoda, é possível sim conviver com a síndrome da fibromialgia, mesmo em seus momentos de crise. Para isso, algumas atividades precisam ser incorporadas na rotina com o suporte de profissionais da saúde, familiares e amigos.
Converse com as pessoas próximas sobre a condição, aprenda a dizer ‘não’ quando estiver se sentindo desconfortável, mantenha um diário com os sintomas da doença, participe de comunidades de apoio, exercite-se regularmente, cuide-se para diminuir situações de estresse nas relações pessoais, no trabalho e em outros círculos, cuide da alimentação e dê um tempo para si sempre que for necessário. A melhor forma de tratar a fibromialgia é cuidando de sua qualidade de vida.
SINTOMAS DE DEPRESSÃO:13 SINAIS QUE VOCE PRECISA RECONHECER
Sintomas de depressão, você sabe reconhecê-los? Depressão ou transtorno depressivo maior é um transtorno de humor comum, porém grave. Os sintomas de depressão afetam a maneira como você se sente, pensa e lida com atividades diárias, como dormir, comer ou trabalhar.
Os sintomas de depressão devem estar presentes por pelo menos duas semanas para que um indivíduo seja diagnosticado.
Desse modo, algumas formas de depressão são ligeiramente diferentes, ou podem se desenvolver sob circunstâncias únicas, tais como:
Transtorno depressivo persistente
Também chamado distimia é um humor deprimido que dura pelo menos dois anos. Uma pessoa diagnosticada com transtorno depressivo persistente pode ter episódios de depressão maior, juntamente com períodos de sintomas menos graves.
Porém os sintomas devem durar dois anos para ser considerado transtorno depressivo persistente.
Depressāo perinatal ou pós-parto
É muito mais grave do que o “baby blues” (sintomas relativamente baixos de depressão e ansiedade que normalmente desaparecem dentro de duas semanas após o parto). Cerca de 80% das mulheres experimentam a “baby blues” após a gestação.
As mulheres com depressão pós-parto experimentam grande depressão durante a gravidez ou após o parto (depressão pós-parto). Os sentimentos de extrema tristeza, ansiedade e exaustão que acompanham a depressão perinatal podem dificultar que essas novas mães completem atividades de cuidados diários para si e / ou para seus bebês.
Depressão psicótica
Ocorre quando uma pessoa sofre de depressão grave, além de alguma forma de psicose, como ter falsas crenças fixas perturbadoras (delírios), ouvir ou ver coisas que outras pessoas não conseguem ouvir ou ver (alucinações).
Assim, trata-se de uma categoria atípica de depressão maior, onde as pessoas demonstram sintomas psicóticos e comportamento depressivo geral ao mesmo tempo. Os sintomas psicóticos normalmente têm um “tema” depressivo, como delírios de culpa, pobreza ou doença.
Transtorno afetivo sazonal
É caracterizado pelo início de um quadro de tristeza prolongada durante os meses de inverno, quando há menos luz solar natural.
A depressão de inverno, como costuma ser conhecida, é uma forma de depressão que, como o próprio nome diz, ocorre principalmente durante o outono e o inverno, onde a falta de luz solar pode tornar as pessoas mais vulneráveis a flutuações normais de humor.
Normalmente é acompanhada do aumento do sono e ganho de peso.
Transtorno afetivo bipolar
É diferente da depressão, mas é incluído nesta lista porque alguém com transtorno bipolar vivencia episódios de humores extremamente baixos que atendem aos critérios de depressão maior (chamado “depressão bipolar”).
Uma pessoa com transtorno bipolar também experimenta estados altamente elevados – eufóricos ou irritáveis - chamados de “mania” ou uma forma menos grave chamada “hipomania”.
Assim, exemplos de outros tipos de distúrbios depressivos recentemente adicionados à classificação diagnóstica do DSM-5 incluem distúrbios disruptivos de humor (diagnosticados em crianças e adolescentes) e distúrbio disfórico pré-menstrual.
>> Leia também: Rivotril: para que serve?
13 Sintomas de depressão
Então, se você tem experimentado alguns dos seguintes sinais e sintomas a maior parte do dia, quase todos os dias, durante pelo menos duas semanas, você pode estar sofrendo de depressão:
- Humor triste, ansioso ou “vazio” persistente;
- Sentimentos de desesperança, luto ou pessimismo
- Irritabilidade
- Sentimentos de culpa, inutilidade ou desamparo
- Perda de interesse ou prazer pela vida, hobbies e atividades
- Diminuição da energia ou fadiga
- Mover ou falar mais devagar
- Sentir-se inquieto ou ter problemas para ficar sentado
- Dificuldade de concentração, lembrança ou tomada de decisões
- Dificuldade para dormir, despertar de manhã cedo ou dormir demais
- Apetite e / ou alterações de peso
- Pensamentos de morte ou suicídio, ou tentativas de suicídio
- Dores, dores de cabeça, cólicas ou problemas digestivos sem uma causa física clara e / ou que não se aliviam mesmo com o tratamento.
Como perceber os sintomas de depressão?
Contudo, nem todo mundo que está deprimido experimenta cada sintoma. Porque algumas pessoas experimentam apenas alguns sintomas. No entanto, outros indivíduos podem experimentar muitos. Vários sintomas persistentes, além do humor baixo são necessários para um diagnóstico de depressão maior.
Pessoas com apenas alguns, mas angustiantes, sintomas podem se beneficiar do tratamento de sua depressão “subsindrômica”. Assim, a gravidade, a frequência dos sintomas e quanto tempo eles duram variam dependendo do indivíduo e sua doença particular. Os sintomas também podem variar dependendo do estágio da doença.
Fatores de risco para depressão
Decerto que a depressão é um dos transtornos mentais mais comuns do mundo e afeta pelo menos 10% da população brasileira, segundo a OMS. Pesquisas sugerem que a depressão é causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.
Depressão pode acontecer em qualquer idade, mas muitas vezes começa na idade adulta. Contudo, ela é agora reconhecida como ocorrendo em crianças e adolescentes, embora às vezes apresentam mais irritabilidade proeminente do que humor baixo. Muitos transtornos crônicos de humor e ansiedade em adultos começam como níveis elevados de ansiedade em crianças.
Assim, a adolescência, em especial, é uma fase de mudanças importantes. A baixa autoestima, os conflitos familiares, o fracasso escolar, as perdas afetivas são sintomas que, associados às condições de estresse emocional, podem colocar os jovens em grupo de risco para o suicídio. Por isso, é muito importante que os pais fiquem atentos.
A depressão, especialmente na meia-idade ou adultos mais velhos, pode ocorrer em conjunto com outras doenças médicas graves, como diabetes, câncer, doenças cardíacas e doença de Parkinson. Estas condições são muitas vezes piores quando a depressão está presente.
Às vezes, medicamentos tomados para estas doenças físicas podem causar efeitos colaterais que contribuem para a depressão. Um médico experiente no tratamento destas doenças pode ajudar a elaborar a melhor estratégia de tratamento.
>> Leia também: Simsimi: um app que pode prejudicar a saúde mental
Fatores de risco incluem:
- Histórico pessoal ou familiar de depressão
- Mudanças importantes na vida, trauma ou stress
- Certas doenças físicas e medicamentos
Tratamentos para os sintomas de depressão
A depressão, mesmo nos casos mais graves, pode ser tratada. Quanto mais cedo o tratamento começar, mais eficaz ele é. A depressão é geralmente tratada com medicamentos, psicoterapia ou uma combinação dos dois.
Se esses tratamentos não reduzem os sintomas, a terapia eletroconvulsiva (ECT) e outras terapias de estimulação cerebral podem ser opções para explorar.
Dica rápida: Não há duas pessoas afetadas da mesma forma por depressão e não há uma “receita de bolo” para o tratamento. Pode ser preciso algum teste e erro para encontrar o tratamento que funciona melhor para você. Portanto, é muito importante que você saiba como escolher um bom psicólogo e agende uma consulta.
Medicamentos antidepressivos
Os antidepressivos são medicamentos que tratam a depressão. Eles podem ajudar a melhorar a maneira como seu cérebro usa certos produtos químicos que controlam o humor ou o estresse.
Talvez seja necessário testar alguns medicamentos antidepressivos antes de encontrar o que melhor se adapta ao seu organismo, atenua os sintomas e tem menos efeitos colaterais. Um medicamento que ajudou você ou um membro próximo da família no passado será muitas vezes considerado.
Os antidepressivos levam tempo – geralmente 2 a 4 semanas – para começar a ter efeito. Em geral sintomas como sono, apetite e problemas de concentração melhoram primeiro do que o humor deprimido.
Por isso é importante dar uma chance e tempo para a medicação, antes de chegar a uma conclusão sobre a sua eficácia.
Se você começar a tomar antidepressivos, não pare de tomá-los sem a ajuda de um médico. Às vezes, as pessoas que tomam antidepressivos se sentem melhor e, em seguida, param de tomar a medicação por conta própria. Nesse momento a depressão retorna.
Quando você e seu psiquiatra decidirem que é hora de parar a medicação, geralmente após um período de 6 a 12 meses, o médico irá ajudá-lo lenta e seguramente a diminuir sua dose. Pará-los abruptamente pode causar sintomas de abstinência.
Como funciona um antidepressivo
Existem três moléculas básicas, conhecidas quimicamente como monoaminas, que se acredita estarem envolvidas na regulação do humor.
Estes funcionam principalmente como neurotransmissores, que literalmente transmitem sinais nervosos aos seus receptores correspondentes no cérebro. Os antidepressivos atuam influenciando esses neurotransmissores, que incluem:
- Serotonina, o neurotransmissor cujo papel é regular o humor, o apetite, o sono, a memória, o comportamento social e o desejo sexual;
- Norepinefrina, que influencia o estado de alerta e a função motora e ajuda a regular a pressão arterial e a freqüência cardíaca em resposta ao estresse;
- Dopamina, que desempenha um papel central na tomada de decisões, motivação, excitação e sinalização de prazer e recompensa.
Em pessoas com depressão, a disponibilidade desses neurotransmissores no cérebro é caracteristicamente baixa. Os antidepressivos funcionam aumentando a disponibilidade de um ou vários desses neurotransmissores de maneiras diferentes e distintas.
Das cinco classes principais de antidepressivos, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRSs) e os inibidores seletivos da recaptação da serotonina e da norepinefrina (IRSNs) são os mais comumente prescritos, particularmente no tratamento de primeira linha.
Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRS)
Há um número de antidepressivos que funcionam impedindo a reabsorção (reabsorção) de neurotransmissores no corpo. Coletivamente conhecidos como inibidores de recaptação, eles impedem a recaptação de um ou mais neurotransmissores, de modo que mais estejam disponíveis e ativos no cérebro.
Os inibidores seletivos da recaptação da serotonina atuam inibindo especificamente a recaptação da serotonina. ISRS são uma nova classe de antidepressivos desenvolvida pela primeira vez durante a década de 1970.
Exemplos incluem:
- Prozac (fluoxetina)
- Paxil (paroxetina)
- Zoloft (sertralina)
- Celexa (citalopram)
- Luvox (fluvoxamina)
- Lexapro (escitalopram)
- Efexor (venlafaxina)
Esses medicamentos tendem a ter menos efeitos colaterais do que os antidepressivos mais antigos, mas ainda são conhecidos por náuseas, insônia, nervosismo, tremores e disfunção sexual.
Além de tratar depressões, eles também são por vezes utilizados para tratar transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), transtorno de ansiedade generalizada (TAG), transtornos alimentares e ejaculações precoce. Eles também se mostraram úteis durante a recuperação do AVC.
Tenha atenção aos sintomas de depressão
Em alguns casos, crianças, adolescentes e adultos jovens com menos de 25 anos podem experimentar um aumento nos pensamentos suicidas ao tomar antidepressivos. Todos pacientes devem ser observados de perto, especialmente durante as primeiras semanas de tratamento.
Ou seja, se você está considerando tomar um antidepressivo e você está grávida, planejando engravidar ou amamentar, converse com seu médico sobre qualquer risco aumentado de saúde para você ou seu filho.
Psicoterapia
Vários tipos de psicoterapia podem ajudar as pessoas com depressão. Exemplos de abordagens baseadas em evidências específicas para o tratamento da depressão incluem terapia cognitivo-comportamental (TCC), terapia interpessoal e terapia de resolução de problemas.
Terapias de Estímulo Cerebral
Se os medicamentos não reduzem os sintomas de depressão, a terapia eletroconvulsiva (ECT) pode ser uma opção a ser explorada. Com base nas últimas pesquisas:
ECT pode fornecer alívio para pessoas com depressão grave que não foram capazes de se sentir melhor com outros tratamentos.
- A terapia eletroconvulsiva pode ser um tratamento eficaz para a depressão. Em casos graves, onde uma resposta rápida é necessária ou medicamentos não podem ser usados, ECT pode até ser uma intervenção de primeira linha.
- Uma vez estritamente um procedimento de internação, hoje ECT é muitas vezes realizada em regime ambulatorial. O tratamento consiste em uma série de sessões, tipicamente três vezes por semana, durante duas a quatro semanas.
- A ECT pode causar alguns efeitos colaterais, incluindo confusão, desorientação e perda de memória. Normalmente, esses efeitos colaterais são de curto prazo. No entanto, às vezes problemas de memória podem demorar, especialmente para os meses próximos ao período de tratamento.
Avanços médicos
- Os avanços nos dispositivos e métodos tornaram a ECT moderna, segura e eficaz para a grande maioria dos pacientes. Fale com o seu médico. Certifique-se de compreender os potenciais benefícios e riscos do tratamento antes de dar o seu consentimento para este tratamento.
- Não é doloroso, e você não pode sentir os impulsos elétricos. Antes do ECT começar, um paciente é colocado sob breve anestesia e dado um relaxante muscular. Dentro de uma hora após a sessão de tratamento, que leva apenas alguns minutos, o paciente está acordado e alerta.
Se você acha que pode ter depressão, marque uma consulta com um psicólogo ou psiquiatra.
Coisas que você pode fazer
Aqui estão outras dicas que podem ajudar você ou um ente querido durante o tratamento para a depressão:
- Tente ser ativo e praticar exercício físico.
- Definir metas realistas para si mesmo.
- Tente passar tempo com outras pessoas e converse em um amigo ou parente de confiança.
- Tente não se isolar e deixe que os outros o ajudem.
- Espere o seu humor melhorar gradualmente, não imediatamente.
- Adiar decisões importantes, como se casar ou se divorciar, ou mudar de emprego até que você se sinta melhor.
- Discuta as decisões com outras pessoas que o conhecem bem e têm uma visão mais objetiva da sua situação.
- Entenda como funciona a depressão profunda.
FOBIA SOCIAL
Fobia social ou ansiedade social é um transtorno originado da ansiedade intensa ou medo de ser julgado, avaliado negativamente ou rejeitado em uma situação social ou em um período de avaliação de desempenho.
Pessoas com fobia social podem se preocupar em excesso ou agir de forma visivelmente ansiosa em situações sociais (corar, gaguejar, perder o ar enquanto falam, entre outros). Como resultado, muitas vezes evitam situações sociais, sofrendo com extrema angústia.
Muitas pessoas com transtorno de ansiedade social também experimentam fortes sintomas físicos, como ritmo cardíaco acelerado, náusea e sudorese, e podem sofrer ataques completos quando confrontados com uma situação temida. Embora reconheçam que seu medo é excessivo e irracional, as pessoas com fobia social frequentemente se sentem impotentes diante de sua ansiedade.
Você já se sentiu inseguro ao fazer uma apresentação em público, começar um novo projeto com pessoas desconhecidas, ou simplesmente comer na frente das pessoas? Saiba que, embora a ansiedade ou a timidez sejam algo natural, existem pessoas que evitam ao máximo, por exemplo, um simples contato visual. Se gestos cotidianos como: iniciar uma conversa, interagir com estranhos, ir à festas lhe causam medo ao ponto de querer evitar todo e qualquer tipo de contato social, talvez você esteja sofrendo de Fobia Social.
Fobia Social: possíveis causas
A principal responsável pela formação e controle das emoções em nosso cérebro é a chamada amígdala cerebelosa. Pessoas que possuem essa estrutura funcionando em maior atividade, são capazes de apresentar quadros maiores de ansiedade e insegurança na medida em que são postas em momentos de sociabilidade.
O que parece estar relacionado a causas genéticas como a hereditariedade, por exemplo, a Fobia Social está mais propensa a ser uma doença com características de ser aprendida pelo ambiente no qual a pessoa está inserida. Alguns psicólogos afirmam que se pode associar a Fobia Social com a forma como a pessoa foi educada pelos pais, ou por algum trauma que tenha sofrido na infância, como bullying, rejeição ou ridicularização.
Sintomas
Existem pessoas naturalmente mais reservadas ou extrovertidas que outras. Timidez e desconforto em ambientes sociais não são necessariamente Fobia Social. É preciso considerar que o comportamento das pessoas varia de acordo com que são submetidas a determinadas situações, e isso está direcionado com a personalidade de cada um e também com a sua trajetória de vida.
Os sintomas vão muito mais além do que desconforto e ansiedade, algumas pessoas acabam sofrendo por antecipação ao ponto do nervosismo diário afetar diretamente a rotina diária comprometendo a qualidade de vida, seja na escola no trabalho ou em alguma atividade social. Algumas pessoas confundem timidez com a Fobia Social, mas há diferenças muitos significantes. A timidez faz com que algumas pessoas sintam vergonha, mas isso não afeta o caminhar da vida. Já a Fobia Social limita drasticamente o desenvolver de atividades rotineiras, como usar um banheiro público, ou entrar numa sala em que as pessoas já estão sentadas.
Sintomas comportamentais
O medo de falhar em alguma situação que haja a presença de pessoas observando faz com que a pessoa apresente sinais de voz trêmula e gagueira. Geralmente as pessoas costumam analisar o próprio desempenho com vistas a ser mais assertivos na hora de agir ou se comportar. Entretanto, alguns são pessimistas e sempre esperam o que o pior possa acontecer.
Segundo o Manual de Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V), publicado pela Associação Americana de Psiquiatria, os critérios que devem ser levados em consideração para diagnosticar um paciente com Fobia Social são:
- Presença de medo persistente em situações sociais. Com constante percepção que está sendo examinado ou receio de que agirá de maneira constrangedora ou humilhante;
- Evitar situações sociais que causam ansiedade ou suportá-las com medo ou ansiedade intensos;
- Ansiedade excessiva e desproporcional à situação que está sendo vivida;
- Ansiedade ou sofrimento que interferem diretamente na rotina e na qualidade de vida;
- Medo ou ansiedade que não pode ser explicada por nenhuma outra condição médica, por qualquer uso de medicação ou abuso de substâncias químicas;
Embora a Fobia Social não seja uma emergência médica, é importante ficar atento se a doença interfere em sua qualidade de vida ou das pessoas ao seu redor. Apesar de parecer inofensiva a Fobia Social demanda tratamento.
O Médico Psiquiatra ou Clínico Geral em geral são os especialistas mais indicados para diagnosticar a Fobia Social.
Psicoterapia
O método que tem se mostrado mais eficaz para o tratamento da doença é a Psicoterapia. Existem diversas linhas ou abordagens terapêuticas disponíveis e de eficácia comprovada. A abordagem Cognitiva Comportamental, por exemplo, auxilia na diminuição dos sintomas devolvendo ao paciente sua qualidade de vida e bem estar. O reconhecimento de pensamentos negativos e a tentativa de reedita-los são algumas das ações terapêuticas da Psicoterapia Cognitiva. Ela ainda ajuda o paciente a desenvolver habilidades que o auxiliam a ganhar confiança – principalmente quando são submetidos a algum contexto público que demande expressar-se.
Plataformas como a Vittude podem facilitar a busca por um psicólogo que atenda a requisitos específicos para atender a todos que precisem de acompanhamento. Acesse nosso site e confira você mesmo todas as oportunidades oferecidas!
Medicamentos
Os medicamentos variam de acordo com o quadro clínico. Somente um médico poderá prescrever qual é o medicamento mais indicado, bem como a dosagem correta durante o tratamento. Os chamados Inibidores de receptação de Serotonina (ISRS em inglês) são, na maioria das vezes, o principal medicamento utilizado no tratamento. Há ainda os Betabloqueadores e Inibidores de ansiedade.
Caso o médico conclua que seja necessário, os medicamentos podem ser utilizados em associação com a Psicoterapia para um tratamento mais eficiente.
Medicamentos para Fobia Social
Os medicamentos mais utilizados para o tratamento são:
- Alenthus XR
- Assert
- Clopam
- Cloxazolam
- Cinarizina
- Efexor XR
- Exodus
- Clonazepam
- Escitalopram
- Lexapro
- Paroxetina
- Rivotril
- Sertralina
Prognóstico
Algumas ações podem ser tomadas por pacientes que estejam em processo de tratamento. Se utilizados corretamente podem ajudar no processo, vamos lá:
- Entrar para um grupo de apoio;
- Ter uma alimentação saudável;
- Praticar atividades físicas regularmente ou atividades como o mindfulness;
- Evitar o consumo de álcool, drogas e o uso excessivo de cafeína;
- Dormir no mínimo 8 horas por dia;
- Evitar situações que possam desencadear novos sintomas;
- Preparar-se para encontros sociais com antecedência.
Se não tratada, a Fobia Social pode trazer sérias complicações à vida do paciente, vejamos quais são:
- Baixa autoestima;
- Pensamentos negativos em demasia;
- Baixo desempenho escolar ou no trabalho;
- Dificuldade em manter relações sociais;
- Isolamento;
- Dificuldade em lidar com críticas;
- Transtorno de ansiedade;
- Tentativa de suicídio.
Não existem ainda formas de se prevenir a Fobia Social. Também não há como prever se uma pessoa irá desenvolver a doença ao longo dos anos. Todavia, é possível adotar alguns hábitos que podem diminuir drasticamente os sintomas, veja quais são eles:
- Se perceber que está sofrendo de ansiedade, procure ajuda médica. Os efeitos podem ser minimizados se o paciente procurar ajuda rapidamente;
- Escreva seus medos, preocupações ou anseios num diário. Isso pode ajudá-lo a manter o controle da sua vida pessoal e a também auxilia psicólogo ou psiquiatra a identificar o que pode estar causando o estresse e ansiedade. Há a possibilidade de fazê-lo se sentir melhor.
- Evite consumir substâncias como: álcool, drogas, cafeína e nicotina. Essas substancias podem ter o poder de maximizar os sintomas de ansiedade fazendo com que o quadro clínico se agrave ainda mais.
Em suma, o tratamento para a Fobia Social costuma dar bons resultados, tanto pela Psicoterapia, quanto ao uso de remédios. O tratamento se mostra capaz de melhorar a vida dos pacientes os levando até à cura.
Depoimento
Julini Laureano, 21 anos, tem Fobia Social e dá o seu depoimento de como descobriu a doença ainda na infância.
“Eu tenho fobia social desde criança. Sempre fui muito tímida. Lembro que na creche eu já me sentia mal. Tenho poucas lembranças disso porque era muito pequena, mas eu já sentia um certo desconforto no meio das outras crianças. Lembro quando mudei para Sorocaba e comecei a ir num parque, eu ia de van. Lembro que na van as crianças riam muito de mim, perguntavam se eu tinha algum problema mental, por que você não fala. E eu não falava mesmo, tinha pavor de gente, de pagar mico na frente das pessoas, fazer alguma coisa de errado pra alguém rir de mim. Eu era uma criança muito quieta, não tinha amigos na sala de aula e não conversava com as outras crianças, tinha medo delas. Era como se elas fossem monstros que iriam me destruir.
Eu já sentia todos aqueles sintomas de Fobia Social, não pedia para ir ao banheiro, fazia xixi nas calças, as crianças perguntavam por que a minha calça estava molhada eu respondia que tinha caído suco. Eu suava muito, tinha tontura, desconforto abdominal, visão turva. É muito difícil para um criança entender isso e sofri muito sem saber o que era. A infância foi muito difícil.
Adolescência
A Adolescência também foi muito difícil, colocavam apelidos em mim. A muda, que não fala. Na escola eu não conseguia ir até à mesa do professor levar meu caderno pra ele vistar e dar nota na matéria, então eu ficava com as médias super baixas. Dava vontade de cavar um buraco e se enfiar dentro. Eu achava que isso era uma coisa minha e que tinha jeito de resolver.
Um dia o diretor da escola chamou a minha mãe e disse: a sua filha não fala, ela não responde a chamada, tem medo das pessoas, não participa de nenhuma atividade em grupo e não fala direito com os colegas. Você precisa colocar ela num teatro ou em alguma atividade que ela possa se soltar mais.
Então, minha mãe me colocou no teatro, consegui fazer algumas apresentações. Mas, isso não adiantou nada. Porque a Fobia Social não se resolve com isso, ela se resolve com Terapia. O teatro ajudou um pouco. No entanto, eu não tive um bom desempenho por causa da Fobia Social.
É preciso assumir que se tem a doença para então tratá-la.
A terapia e os medicamentos tem me ajudado a superar. Quero poder ajudar de alguma forma as pessoas que sofrem com essa doença contando um pouco da minha história e dizer que é possível sim obter bons resultados com a terapia e os medicamentos.“