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domingo, 7 de outubro de 2018

SUPRIMENTO NARCÍSICO


Neste texto a psicoterapeuta Silvia Rawics descreve com riqueza de detalhes o que é o suprimento narcísico.
Suprimento Narcísico é qualquer forma de energia vital que o narcisista consegue obter. Atenção constante é o seu alimento. Sem essa energia focada nele o tempo todo, o Falso Eu do narcisista fica sem combustível para funcionar. Por isso, ele está sempre buscando o olhar e a reação das pessoas. Qualquer atenção, tanto positiva quanto negativa, alimenta o narcisista, e se você se recusar a lhe fornecer atenção, ele pode ter um ataque de fúria narcísica.

Tipos de suprimento narcísico:

1-Suprimento Narcísico Primário – oferece toda a atenção de que a narcisista precisa. Esse tipo de atenção pode vir em forma de atenção social (fama, celebridade, notoriedade, infâmia, repulsa, etc.) ou na forma de relacionamentos na vida particular (admiração, elogios, poder, etc.).

2-Suprimento Narcísico Secundário – são as pessoas e/ou coisas que oferecem ao narcisista suprimento de forma regular, ou seja: esposa(o), filhos, amigos, colegas, clientes, etc. Essa forma de suprimento permite que o narcisista leve uma existência “normal”. Isso lhes provê orgulho, segurança financeira, distinção social e as alianças sociais de que ele necessita.

Suprimento narcísico também se aplica à tudo aquilo que possa atrair a atenção e admiração dos outros, ou qualquer símbolo de status e poder, como por exemplo: um carro bonito, propriedades, roupas, algum negócio, ser membro de uma igreja, culto, clube, profissão de prestígio, etc.

Tudo que o narcisista faz é calculado para obter suprimento narcísico. Dinheiro, elogios, uma aparição na mídia, uma conquista amorosa, ou sexual, funcionam como combustível. Seu apetite é insaciável e nada é o bastante para preencher seu vazio.

Para os narcisistas, os objetos, as realizações e o amor das outras pessoas não passam de alimento para o seuFalso Eu. Em sua auto-absorção doentia, o outro simplesmente não existe.
Por Silvia Rawicz

A GRATIDÃO NARCÍSICA


Segundo dizem Rousseau, filósofo francês, disse em público : "Eu odeio as pessoas a quem eu devo gratidão".
Essa frase revela muito da personalidade narcisista. Para uma pessoa digamos que tem a psique sadia , o sentimento de gratidão é um dos mais belos e elevados da alma de uma pessoa. Ao ser grato pelo que alguém lhe fez. seja um favor, uma ajuda financeira num momento crucial que você precisava, ou mesmo uma simples conversa onde a pessoa gastou seu tempo ouvindo seus problemas e lhe confortando, a pessoa "sadia" que recebeu o favor, no mínimo não esquecerá daquela ajuda em momento tão necessário de sua vida, há um sentimento natural, compreensivo, genuíno e alavancador das relações humanas de gratidão com àquele que lhe prestou um obséquio.


Esse sentimento é o que valida o ser humano como um ser sociável, que valoriza as amizades, que é capaz de se relacionar com seus semelhantes recebendo e dando de si para os outros, em outras palavras resumidamente : de amar e ser amado.

Já para o narcisistas esse sentimento tem algo de diferente, um favor recebido parece-lhe como um peso que tem que carregar nas costas, algo como um cobrança judicial mental, se sente devedor como se o fato de ter que retribuir lhe causasse um desconforto imenso.

Se analisarmos a personalidade narcisista e as causas disso poderíamos inferir que ao tornar-se devedor de algo, causa nele um sentimento de inferioridade em relação a quem lhe fez um favor. E aí está a raiz da questão de porque narcisistas se sentem incomodados com dívidas de gratidão. Há casos em que o narcisista retorna em dobro ao que lhe fez um favor apenas para não se sentir inferior à pessoa.
Como para o narcisista tudo é competição, essa é a forma dele demonstrar que é superior a pessoa que lhe favoreceu.
Sinistro.

ALGUMAS MANEIRAS DE DETECTAR UM(a) NARCISTA


É bem provável que não se recorde, mas, quando nasceu, você morava dentro de você mesmo, literalmente: seu corpo era seu invólucro, sua “casca”, sua casa. Recém-chegado neste mundo, você, que passara nove meses no bem bom do ventre de sua mãe, onde era abastecido com tudo que precisava e sem nada para se preocupar, exceto crescer para um dia nascer, se viu deparado com uma realidade bem diferente. A comida não vinha mais automaticamente, era preciso berrar para que o leite viesse ou quando qualquer outra coisa incomodava.
Preso dentro daquele seu pequeno e indefeso corpo, que ainda não tinha muitas habilidades, você se encontrava numa situação de total dependência, mas, ao mesmo tempo, você estava ali, com o espírito livre, dando continuidade ao tempo passado no ventre, sendo simplesmente você.
Você viveu assim por algum tempo, sempre naquele presente momento, sem preocupações, sem sentimentos de culpa, sem pensamentos negativos, sem nada dessas coisas. Naquela época, você vivia com o corpo, a alma, o coração e a mente juntos no mesmo lugar, em unidade consigo mesmo, mas também com a natureza, com o mundo à sua volta, com o Universo, com tudo. Em outras palavras, você era feliz.
Penso que nossos primeiros anos de vida são os mais leves de nossa existência. Crianças pequenas simplesmente vivem, já que são ainda muito jovens para carregarem consigo uma consciência pesada ou para se preocuparem com o dia seguinte e com problemas que ninguém sabe se realmente virão. Elas vivem aqui e agora, não no passado ou no futuro. Quando sofrem, sofrem por causa do presente, que normalmente se resume a uma barriga vazia ou uma fralda cheia. Para as crianças, o centro de tudo é o próprio centro e é dali que elas, centradas, observam e exploram o mundo e começam a aprender coisas novas, muitas coisas novas.
Incentivar esse aprendizado é importante, pois a criança tem fome de saber e essa fome é saciada pelas novas coisas que ela vai conhecendo todos os dias, coisinhas e coisonas, que vão lhe pregando e formando e ajudando a entender como é que esse mundão lá fora, o mundo dos adultos, funciona.
É necessário descobrir as coisas. É assim que uma criança se desenvolve, é assim que ela cresce: “alimentando-se” de coisas novas. E, é claro, seu desenvolvimento depende da qualidade desse “alimento”: quanto melhor for a qualidade das coisas novas que uma criança vai descobrindo/aprendendo, melhor ela se desenvolverá.
Tudo estará bem enquanto essas coisas servirem para fortalecer a criança em seu centro, em sua verdadeira personalidade e na sua unidade consigo e com o Todo. Os problemas começam quando a criança sai de si mesma para descobrir as coisas do mundo e se identifica com elas, passando a acreditar que essas coisas seriam parte dela ou, ainda mais grave, que ela seria essas coisas.
Não demora muito para a criança ganhar um brinquedo (uma coisa!) de presente. Pode ser que haja então outras crianças também desejando o mesmo brinquedo, surgindo, de um lado, a inveja das demais crianças e, do outro, o orgulho que uma criança sente de ter algo tão cobiçado por outros.
Assim, a criança começa a se identificar com as coisas que ela tem, caindo numa armadilha que, na pior das hipóteses, a fará sofrer pelo resto de sua vida: ela confunde ter com ser, acredita que é o que ela (ou sua família) possui materialmente e estrutura toda sua vida de uma forma que possa administrar bem seus pertences ou adquirir outras coisas para ter mais, convicta de que também assim seria mais.
Com o passar do tempo, a situação só piora. Muitas outras coisas vão tomando conta da criança e, mais tarde, do adulto: novos brinquedos, uma bicicleta, a roupa de marca, o carro, a casa, o saldo no banco, etc., etc., etc.
O resultado são pessoas infelizes por sempre acreditarem que nunca têm o suficiente, que precisam sempre de mais, pois, ao se identificar com coisas, uma pessoa crê que precisa ter mais delas, já que o ter substituíram o ser e as coisas substituíram a essência desse ser. Em outras palavras, ao se afastar de si mesma e se identificar com coisas, a pessoa se esvazia e tenta compensar esse vazio com mais coisas. É um círculo vicioso, que não para mais.
Quem vive assim, preso às coisas, se identificando com elas e achando que tê-las seria a mesma coisa que ser ele mesmo, expande sua vontade de posse e tenta possuir e controlar tudo à sua volta. É assim que ele busca “ter um amor” ao invés de simplesmente amar ou “ter amigos” ao invés de ser um bom amigo.
Correr atrás de coisas custa tempo e energia e, o pior de tudo, nos afasta de nós mesmos, de nosso centro, de nossa essência. É correr atrás de uma ilusão. E, assim, isso jamais nos tornará feliz.
Se você agora olha para sua vida e percebe que viveu até agora assim, se identificando com coisas, mais preocupado com ter do que realmente ser, não precisa se envergonhar disso, pois você foi condicionado a tal. Você só seguiu exemplos à sua volta, você imitou aqueles que pareciam saber o que estavam fazendo e assim você terminou seguindo o mesmo caminho.
Foi assim até agora? Então foi! Mas esqueça-se do passado. Nunca é tarde para tomar consciência da inutilidade dessa identificação com as coisas, para se recordar de quando você era e para voltar a viver em unidade com você mesmo, com a vida, com tudo. Você não é as coisas que tem na vida. Você é um ser livre que carrega em si tudo que precisa para ser feliz. Ainda é tempo para desapegar das coisas e voltar a ser você! O que está esperando?

ANTI-NARCISITAS


Transtorno de Estresse Pós Traumático
As pessoas que foram abusadas emocional e psicologicamente geralmente apresentam sintomas de Estresse Pós Traumático que podem parecer o transtorno bipolar.
Judith Herman descreve o Estresse Pós Traumático como uma forma de trauma associada à sujeição prolongada ao controle totalitário, incluindo abuso emocional, violência doméstica ou tortura - todos os traumas repetidos em que há uma incapacidade real ou percebida de a vítima escapar. Isso pode causar dificuldade em regular as emoções, a raiva explosiva e as mudanças na autopercepção, que incluem vergonha, culpa, medo e autocensura.
Ainda mais alarmante, lesões emocionais repetidas encolhem o hipocampo do cérebro, responsável pela memória e pelo aprendizado, enquanto amplia a amígdala, que abriga emoções primitivas como medo, tristeza, culpa, inveja e vergonha.
Em suma, você se acostuma a ter o ser racional congelado, praticamente morto, incapaz de formar pensamentos ou reações racionais. Com o tempo, isso se torna seu estado básico de ser. É um ciclo de destruição emocional do tipo mais grave.
Por Kim Saeed

Mentira Narcísica
Mentirosos compulsivos, narcisistas mentem para atingir um objetivo seja conseguir algo, uma vantagem, um favor ou para serem admirados nas suas fantasias de grandeza, contando os seus feitos e inventando histórias ou exagerando muito nelas a ponto do exagero criar uma nova história completamente dissociada da realidade.
Verdadeiros atores e atrizes conseguem manipular as pessoas através da mentira. Criam sentimentos inexistentes , histórias inventadas e fatos inverídicos.
O que está por trás disso é um tanto a praticidade de obter o que quer que seja. Para eles mentir não traz remorso algum, acham que todos mentem (projeção), então não há mal algum fazer o que todos fazem.
Até o momento de serem pegos na mentira. Aí entra a negação. São capazes de negar o que está evidente para todos, espere um ataque de fúria se for confrontado. O que geralmente confirma a mentira. Quem fala a verdade não se enfurece. Ou então se vitimizam distorcendo os fatos colocando assim uma cortina de fumaça para que cause confusão no que era claro e assim saírem de vítimas.

"(...) Comportamento excessivamente galanteador e de chamada de atenção.

Os narcisistas são carismáticos que procuram atenção.
Gostam dos holofotes.


Durante um primeiro encontro, preste atenção num comportamento excessivamente galanteador para com a rececionista ou o barman, o conversar desnecessariamente com estranhos ao seu redor, assim como, na necessidade constante de monopolizar as conversas. Embora uma atitude social e extrovertida possa ser muito atraente, um narcisista faz isso num primeiro encontro, por uma razão diferente.
Um narcisista é inquieto - exige atenção e validação dos que o rodeiam.
Fique atenta se, no primeiro encontro, ele for um pouco sedutor demais com quem o serve ou se, de repente, começar uma conversa de vinte minutos com as pessoas sentadas na mesa ao lado.
É muito comum que os narcisistas procurem atenção mesmo quando estão num encontro, por causa da sede de um golpe de ego, ele é insaciável.(...)"

Por Shahida Arabi

Vínculo Traumático.
Um vínculo traumático é a lealdade a uma pessoa que o magoa e ocorre em relacionamentos muito tóxicos. Os laços de trauma são fortalecidos pelo reforço positivo inconsistente (passando de malvado para amável e vice-versa) e mantém você esperando por algo melhor para vir. Eles ocorrem em situações extremas, como relacionamentos abusivos e situações de reféns, e podem ocorrer com um parceiro, ex, pai, colega de trabalho, chefe ou amigo. Você sabe que não está a salvo perto deles e, no entanto, permanece no relacionamento. Talvez você justifique, racionalize ou invente desculpas para eles.
Em resumo, os laços de trauma fazem com que você forme um profundo apego a alguém que é altamente destrutivo para você. De acordo com Patrick Carnes, fundador do Gentle Path no programa The Meadows, os sinais de vínculo traumático incluem o seguinte:
- Você descobre que os outros estão horrorizados por algo que aconteceu com você e você não está
- Você fica obcecado em mostrar a alguém que eles estão errados sobre você, seu relacionamento ou o tratamento recebido
- Você se sente perdendo um relacionamento até ao ponto da nostalgia e saudade, que foi tão terrível que quase destruiu você
- Você se vê confiando em alguém que repetidamente provou que não é confiável
Você pode tentar ajudá-los a entender o que estão fazendo, tentando convertê-los para se tornarem não-abusadores. Você pode se culpar pelo comportamento deles. O relacionamento parece ter qualidades positivas, o que confunde você.
Mas é importante ter em mente que os "bons momentos" são parte integrante do abuso. Quando o positivo para de acontecer, o negativo supera o positivo e o relacionamento se torna profundamente destrutivo.
Vínculos de trauma são intensamente prejudiciais e pioram ao longo do tempo quanto mais tempo você permanecer no relacionamento tóxico. O processo de recuperação só pode começar quando você, como indivíduo abusado, está em completa aceitação de ter sido traumatizado e tomar medidas para sair do relacionamento.
Por Kim Saeed